Turismo quer duplicar receitas em 10 anos
A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, explicou que o lançamento da ET27 estratégia decorre da necessidade de liderar nas várias áreas, de antecipar o próximo quadro comunitário e de evitar decisões erráticas.
Apresentada na Bolsa de Turismo de Lisboa, a ET27 organiza-se em cinco eixos: valorizar o território, impulsionar a economia, potenciar o conhecimento, gerar redes e conectividade e projetar Portugal.
E tem ainda como metas reduzir o índice de sazonalidade, que gera grande instabilidade de emprego, aumentar as habilitações dos profissionais do turismo, duplicando o nível de qualificações do ensino secundário e pós-secundário (de 30% para 60%), e assegurar que o sector gera um impacto positivo nos territórios em que a atividade turística acontece.
Nesta estratégia estão também contempladas metas ambientais, nomeadamente assegurar que mais de 90% das empresas do turismo adotam medidas de utilização eficiente de energia e da água e desenvolvem ações de gestão ambiental dos resíduos.
Por ocasião da sessão de lançamento, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que estratégia é um “rumo que pode ser afinando, melhorando e definido pelo próprio sector”, recordando que os números do crescimento do turismo mostram “um fenómeno sustentável”.
“Números fantásticos” no crescimento das dormidas
Segundo o governante, os números do crescimento das dormidas turísticas “são fantásticos”, mostrando que o crescimento do sector continua a ser muito forte e abrindo perspetivas “muito interessantes para 2017”.
Caldeira Cabral acrescentou que depois do “recorde de 2016, com 19 milhões de turistas”, se assistiu em janeiro a um novo crescimento de “dois dígitos, com as dormidas a aumentarem quase 13%, com as dormidas de estrangeiros a aumentarem 17,6% e com os proveitos de hotelaria a continuarem a crescer acima do número de visitantes: 18%”.
O titular da pasta da Economia destacou igualmente um padrão nas estatísticas de “um crescimento muito forte do turismo na época baixa, baseado em novos mercados”.
Referindo que os mercados tradicionais cresceram bem, o Manuel Caldeira Cabral salientou os casos do Brasil e dos Estados Unidos», na sequência do investimento na diversificação de mercados.
Falando no primeiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa, o ministro da Economia chamou ainda a atenção para o otimismo que se vê no certame e recordou a abertura de 64 novas rotas aéreas em 2016 e a programação para este ano de 51, resultado de um trabalho que fez com que rotas habituais de verão também se façam, agora, no inverno.
“Há espaço para o crescimento do turismo para todo o país, e é isso que queremos”, concluiu.