Troika não mostrou disponibilidade para alterações “naquilo que interessa”

O deputado do PS Basílio Horta disse não ter vislumbrado qualquer disponibilidade da troika para alterar “aquilo que interessa”.

“Não quero ser indiscreto, mas aquilo que interessa, que era olhar para os efeitos e tentar evitá-los através de uma alteração nas medidas que estão a ser tomadas, de aumento de impostos e de corte de poder de compra, com franqueza não vislumbrámos nenhuma alteração”, revelou.

No final de uma reunião no Parlamento com representantes da troika no âmbito da sexta avaliação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, o deputado disse ter questionado a troika sobre “se o erro estava na receita ou em quem a executava” e, em segundo lugar, se estava disponível para avaliar, também com o PS, “os efeitos que a atual receita está a gerar no sentido de a alterar nos pontos que mereçam alteração”.

“Sabemos que é necessário disciplinar a despesa pública, sabemos que é necessário ter uma dívida com a qual possamos conviver, mas sabemos que o caminho para atingir os objetivos não é somar austeridade à austeridade”, alegou.

Basílio Horta defendeu que é preciso tentar ajudar as empresas quer no mercado interno quer no mercado interno, e “olhar para os sindicados e para os trabalhadores” de forma a que a “paz social seja garantida”.

O deputado socialista disse ter sublinhado na reunião que os efeitos da atual política estão à vista: “Não há estabilidade nem há um horizonte de esperança”.