Tratados respondem aos mercados mas não respondem à crise
António José Seguro defendeu hoje que o novo tratado europeu precisa de ter “uma dimensão económica e social” que possa responder aos elevados níveis de desemprego e que “sem um ato adicional” é um instrumento “desequilibrado”.
“O que os portugueses exigem hoje ao senhor primeiro-ministro e aos líderes europeus é que adotem políticas e que alterem os tratados de modo a existirem mecanismos e políticas para responder à crise, designadamente ao desemprego”, declarou o líder do PS.
O secretário-geral do PS, que falava no início do debate parlamentar sobre o novo Tratado Orçamental da União Europeia, sublinhou que o seu partido aprova o documento por ter sido “sempre defensor” do projeto europeu e disse não entender que da parte do Governo não haja “igual resposta em relação ao emprego e ao crescimento económico”.
“Rigor e disciplina orçamental, o PS sublinha esta regra e este objetivo, foi por isso que desde a primeira hora disse que estava disponível a acolher na legislação nacional a regra de ouro, isto é o que nos une, mas gostava de dizer que não convirjo com o resto das suas posições políticas e do seu Governo”, sublinhou.
Seguro advogou que estes novos tratados “são a pretensa resposta para a crise” e “podem responder aos mercados”, mas “não respondem verdadeiramente às necessidades dos portugueses, a começar pelo desemprego”.