Transportes públicos com oferta reforçada nas áreas metropolitanas
O objetivo é a contratualização de veículos de transporte rodoviário que não se encontram em circulação de operadores privados, nomeadamente de turismo ou excursões, passando a reforçar o serviço público de transporte em seis municípios da Área Metropolitana do Porto e, na Área Metropolitana de Lisboa, a linha de Sintra, a partir do Cacém e Amadora, e os terminais da Pontinha, Sete Rios e Entrecampos.
Também a Fertagus, no Pragal, irá ver o serviço reforçado no período da manhã e no final do dia, assim como a Metro Transportes do Sul, na ligação Corroios e Cacilhas.
De acordo com o Governo, o investimento vai permitir contratar 375 mil quilómetros e transportar cerca de um milhão de passageiros em cada uma das áreas metropolitanas.
No final da cerimónia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, reiterou hoje que os transportes públicos são seguros se cumpridas todas as normas de segurança, nomeadamente o uso de máscara.
“Utilizando a máscara, cumprindo as regras de higiene respiratória, não há nenhum fator acrescido de transmissão da covid-19 nos transportes coletivos. Não há nenhum risco acrescido quando comparado com o estarmos aqui, por exemplo”, disse Matos Fernandes.
Matos Fernandes realçou ainda “não ter sido reportado nenhum caso de pessoas que tenham sido infetadas com Covid-19 em Portugal” nos transportes públicos, pedindo aos utilizadores para que não deixem de os usar nas deslocações quotidianas.
Matos Fernandes reconheceu que, embora a procura pelos transportes coletivos tenha sido “na ordem dos 60% em setembro” quando comparado com anos anteriores, o que significa “uma procura baixa”, há alguns locais onde por vezes são ultrapassados os limites dos 2/3 permitidos por lei quanto à lotação, sendo o caso de alguns pontos da STCP, na Área Metropolitana do Porto e, algumas ligações de comboios da linha de Sintra, na Área Metropolitana de Lisboa, justificando-se, por isso, o reforço de oferta nestes territórios.
O ministro adiantou ainda que tudo prevê que o reforço possa acontecer “já para a semana”, exemplificando que na linha de Sintra poderá haver um autocarro de cinco em cinco minutos reforçando o serviço de comboios da CP, enquanto nos STCP poderá haver um autocarro extra a cada sete minutos.
“Em alguns casos, só na hora de ponta da manhã é mais concentrada a necessidade. Na Fertagus, por exemplo, é igual de manhã e à tarde”, exemplificou, acrescentando que as soluções poderão variar ao longo do tempo, conforme a evolução das necessidades de resposta.