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Todos os votos são necessários

Todos os votos são necessários

O Secretário-geral do PS, António Costa, apelou esta sexta-feira a uma grande mobilização para domingo, sublinhando que as eleições não se ganham nas sondagens e que “todos os votos são necessários”, sustentando que é preciso “dar força e capacidade ao PS” para poder cumprir o programa de governo para os próximos quatro anos com que se apresenta aos portugueses.
Todos os votos são necessários

No tradicional almoço da Trindade, em que estiveram presentes muitos militantes e figuras de referência socialistas, antecedendo a descida do Chiado, no coração de Lisboa, António Costa desmontou os “fantasmas” de maioria absoluta, referindo que não existem, na democracia portuguesa, governos sem escrutínio, sublinhando antes a importância de dar força e capacidade ao próximo governo para poder cumprir o seu programa.

“Felizmente, em democracia, podemos contar com o escrutínio de uma comunicação social livre, podemos contar com uma justiça independente, podemos contar com a fiscalização de uma Assembleia da República plural e com um Presidente da República com competências próprias e sempre atento. Não há governos com mãos livres, mas também não há governos com mãos atadas”, disse, advertindo mesmo que esta “é uma questão central” nas eleições de domingo.

“A questão é saber se ficamos com as mãos atadas, ou com a força e a capacidade necessária para cumprir o programa com que nos apresentamos aos portugueses. É preciso um governo de legislatura e não um governo de prazo contado só para os próximos dois anos”, declarou, recebendo uma prolongada ovação.

Tendo junto a si, na mesa de honra, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o presidente do partido, Carlos César, a Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, Fernando Medina, Duarte Cordeiro, Helena Roseta, Júlio Miranda Calha e João Soares, o líder socialista traçou uma linha clara de demarcação entre o PS e as forças à sua direita, mas também em relação aos partidos à esquerda.

“Precisamos de um governo que seja capaz de ouvir, seja capaz de negociar e chegar a acordo, mas também seja capaz de dizer não sempre que for necessário dizer não em nome do interesse nacional”, declarou.

“Os portugueses sabem que comigo e com o PS não haverá radicalismos, mas sabem também que comigo e com o PS não voltaremos a andar para trás nos resultados que conquistámos ao longo dos últimos quatro anos”, frisou o Secretário-geral do PS, que encerrará a campanha às legislativas esta noite, no Coliseu do Porto.