Tiago Barbosa Ribeiro, que falava durante o debate com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, requerido pelo PCP, na reunião desta tarde da Comissão Permanente, frisou que “o Partido Socialista liderou uma alternativa social e política maioritária no país que trocou a austeridade pela solidariedade” e, chegada a pandemia, “a devastação social e económica foi evitada porque o Partido Socialista estava no Governo, porque agimos como comunidade, porque não aceitamos uma sociedade – como outrora – de uns contra os outros”.
“Tivemos um Estado forte na crise sanitária e um Estado forte na proteção dos rendimentos para evitar a crise social, como centenas de medidas que deram uma resposta firme e rápida, algumas delas recuperadas estes dias nas novas semanas de contenção”, tais como o teletrabalho, o ‘lay-off’ pago a 100%, a suspensão das contribuições, a prorrogação de prestações sociais, o isolamento profilático pago, subsídios de assistência a filhos e netos, apoios para acompanhamento de filhos de menores, a trabalhadores do serviço doméstico e aos trabalhadores independentes, moratórias bancárias e apoios aos empresários em nome individual, aos sócios-gerentes, às IPSS e aos cidadãos em situação de sem-abrigo, enumerou.
O coordenador dos socialistas na Comissão de Trabalho e Segurança Social explicou que, com estas medidas, o PS conseguiu “preservar empregos, empresas e rendimentos”. “E, ao contrário da resposta da direita a outras crises, conseguimos fazê-lo recuperando já os níveis de desemprego para o melhor dos números do pré-pandemia”, asseverou.
“Para tudo isto foram precisas opções e financiamento, e foi por isso que a dotação do orçamento da Segurança Social cresceu 5,2 mil milhões de euros entre 2015 e o ano passado”, salientou o socialista, que deixou mais alguns números: “Nos últimos seis anos foram criados meio milhão de empregos ao mesmo tempo que o salário mínimo – que a direita não queria aumentar – subiu 32%. Nos últimos seis anos, a percentagem de pessoas em risco de pobreza e de exclusão social baixou de 26,4% para 20%. Ou seja, em apenas seis anos, uma em cada quatro pessoas que estavam em risco de pobreza deixou essa condição, mesmo em ano de pandemia”.
“Tudo isto tem a marca do Partido Socialista”. Portanto, o PS “não recebe lições em matéria de justiça social, aumento de rendimentos nem promoção do crescimento económico”, vincou o deputado.
No entanto, o Partido Socialista não quer ficar por aqui. Tiago Barbosa Ribeiro adiantou que os socialistas querem “avançar com firmeza, com serenidade e não dar um único – um único – passo atrás, pois este era precisamente o caminho de avanço que tínhamos no Orçamento do Estado que os senhores chumbaram nesta Assembleia da República, impedindo, entre outras coisas, o maior investimento de sempre nas prestações sociais e familiares, mais sete mil milhões de euros face a 2015”.
“Os portugueses sabem e não esquecem, mas este debate foi muito importante para reavivar a memória, lembrando que em política todas as conquistas são frágeis e passíveis de retrocessos, sendo certo que no próximo dia 30 [dia das eleições legislativas] só há uma forma de garantir que avançamos, e isso é com o voto no Partido Socialista para uma maioria de estabilidade, progresso e desenvolvimento”, concluiu Tiago Barbosa Ribeiro.