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Testemunhos

“Profundamente triste com a morte do seu amigo Almeida Santos”

Mário Soares
Fundador do PS e antigo Presidente da República

“Almeida Santos marcou, como poucos, a vida política portuguesa. Foi um pilar sólido, não só do PS, mas da nossa democracia, pela sua brilhante inteligência, pela sua capacidade de análise e visão estratégica, pela sua palavra certa, pela habilidade em esvaziar conflitos e gerar consensos, agregar pessoas e também de criar afetos. Um jurista notável, um escritor de um talento raro, um orador na melhor tradição dos tribunos romanos, um leitor atento e quase insaciável. Almeida Santos é indissociável da história contemporânea e democrática de Portugal. Esteve sempre presente, mesmo se muitas vezes invisível. E nunca desistiu de tentar fazer pontes em nome de valores em que acreditava, de uma visão do bem comum e de causas justas”.

Jorge Sampaio
Antigo Presidente da República

“Almeida Santos foi um dos grandes obreiros da democracia portuguesa, um homem de uma cultura imensa, de uma inteligência fantástica e alguém que tinha sempre a palavra certa para apaziguar os conflitos que pudessem existir. Diria que vale a pena ler o legado escrito de Almeida Santos, onde relata episódios muito importantes da nossa história, como o processo da descolonização ou da instituição da nossa democracia. Que não demos nunca a democracia como um valor adquirido, mas que a construamos todos os dias e Almeida Santos soube, com a sua inteligência construi-la todos os dias, até ao último dia da sua vida. Para as gerações mais novas, fica a memória de um homem a quem devemos também agradecer viver em liberdade”.

Ana Catarina Mendes
Secretária-geral adjunta do PS

“Deixa um vazio. Preencheu muito tempo da nossa história e do nosso imaginário. Era um senhor, um príncipe da Renascença, uma figura excecional a todos os títulos. É impossível falar de Almeida Santos sem falar do seu papel na luta pela liberdade e pela construção da democracia, um construtor de pontes, um homem de diálogo, com grande sentido de camaradagem e de solidariedade”.

Manuel Alegre
Antigo vice-presidente da AR

“Foi um republicano e um socialista exemplar. Esteve sempre ao meu lado na defesa do SNS. Perdi um companheiro, um amigo, um camarada e um irmão”.

António Arnaut
Fundador do PS

“Foi uma pessoa muito influente na história do Partido Socialista desde o seu início, embora não tenha sido um dos seus fundadores, e foi uma pessoa muito influente também na governação do país, porque foram produzidas por ele muitas das leis na altura em que esteve no Governo. Era uma pessoa de uma grande inteligência, de uma grande solidariedade e isso reflete-se na história do PS. A sua morte representa uma grande perda para o país”.

Alberto Arons de Carvalho
Fundador do PS

“Todos aqueles que conheceram o Almeida Santos estão certamente mergulhados num grande vazio e numa grande tristeza, porque a sua morte causa-nos estes sentimentos, esta vontade de nos recolhermos em silêncio, porque temos consciência de que qualquer coisa de raro se perdeu e que já não pode ser dita: a vida do Almeida Santos. Foi o político que mais influenciou a ordem jurídica constitucional da liberdade e da democracia no pós-revolução do 25 de abril. Foi também um dos grandes socialistas da geração da fundação democrática e da fundação e implementação do Partido Socialista. Mário Soares, Salgado Zenha e Almeida Santos foram, digamos, os três grandes socialistas dessa geração e dessa época”.

José Sócrates
Antigo primeiro-ministro e Secretário-geral do PS

“É uma perda irreparável para Portugal, para a democracia portuguesa e para o Partido Socialista. Este acontecimento tristíssimo exige-nos a homenagem a um homem que cruzou o seu destino com a resistência à ditadura, a descolonização, a fundação da democracia de que foi o mais eminente legislador. Foi um homem de grande dimensão cultural, afetiva e humanista. Se morreu de coração, morreu do que tinha de melhor”.

Maria de Belém
Candidata à Presidência da República e antiga presidente do PS

“Personalidade marcante do Portugal contemporâneo, fundador da nossa Democracia, combatente pela liberdade e por todos acarinhado como Presidente da Assembleia da República exemplar na sua forma de construir consensos e prestigiar o debate democrático. Neste momento triste para a nossa República, queria deixar a minha homenagem a uma das mais emblemáticas figuras da nossa história democrática, uma referência da oposição à ditadura, advogado e jurista de excelência, Presidente histórico do Partido Socialista, que nunca faltou à chamada na governação e no serviço público”.

António Sampaio da Nóvoa
Candidato à Presidência da República

“Homem de causas, causídico da liberdade, António de Almeida Santos distinguiu-se pelas suas qualidades como jurista, sendo autor de vários diplomas estruturantes do nosso regime democrático. Cidadão exemplar pelo seu empenho na defesa do modelo democrático europeu, Almeida Santos deixa, em todos os que tiveram o privilégio de o conhecer, a memória afetuosa da cordialidade e da afabilidade de trato, da sua admirável cultura humanista e dos seus invulgares dotes de orador e cultor da Língua Portuguesa”.

Aníbal Cavaco Silva
Presidente da República

“Foi um dos construtores da democracia portuguesa, designadamente no plano legislativo. Devem-se a António de Almeida Santos algumas das traves mestras que constituíram a primeira legislação democrática. Assinalo a sua participação muito importante no processo de descolonização, mas, muito antes disso, foi também um combatente pela liberdade, um grande advogado e um jurista insigne. Depois do 25 de Abril de 1974, como membro do Governo, como deputado e como presidente da Assembleia da República, deu sempre o melhor de si à causa pública. A força da sua palavra e a força das suas convicções vão fazer-nos muita falta”.

Augusto Santos Silva
Ministro dos Negócios Estrangeiros

“Almeida Santos era uma pessoa muita querida dos militantes socialistas, esteve presente nas grandes batalhas da democracia portuguesa, com uma dedicação muito grande à vida partidária e cívica. Deixa uma memória de grande saudade. É uma grande perda para a democracia portuguesa, havendo poucos políticos que tenham deixado uma marca tão grande. Foi até ao fim da vida uma pessoa preocupada com o futuro, não olha para trás. Esse futuro sempre presente nas suas palavras é talvez uma das marcas que nos deixou”.

José António Vieira da Silva
Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

“Foi combatente de primeira linha contra o regime autoritário e a sua lastimosa política colonial, distinguindo-se na defesa dos nacionalistas moçambicanos perante a repressão. O seu empenho na promoção de uma descolonização justa e honrosa está documentado no seu livro de memórias. Tornou-se o legislador por excelência da fase de implantação da Democracia, devendo-se à sua pena muitos dos textos legislativos dos governos provisórios e, mesmo, dos primeiros governos constitucionais. Sempre esteve na primeira linha das suas preocupações, enquanto presidente da Assembleia da República, prestigiar e enobrecer o parlamento. Como amigo e admirador, sinto-me profundamente penalizado pela sua morte, curvo-me respeitosamente perante a sua memória e endereço à sua família e ao Partido Socialista as minhas sinceras condolências”.

Mota Amaral
Antigo Presidente da AR

“António Almeida Santos foi um grande democrata e um dos pais fundadores da nossa democracia, sobretudo por ter sido o seu principal legislador. Senti-me muito penalizado com a notícia do óbito de Almeida Santos, de quem era muito amigo”.

Freitas do Amaral
Antigo ministro dos Negócios Estrangeiros

“António Almeida Santos foi um dos artífices do regime democrático, um dos construtores da nossa Democracia e deixa a sua marca quer como oposicionista ao antigo regime, à ditadura. Era um cultor da língua, da sensibilidade, da delicadeza que, não significando menor firmeza na defesa das suas convicções, elevava o debate político a uma qualidade e a um nível que não é muito comum. É uma grande perda para o país o desaparecimento de uma figura da sua dimensão de estadista, de político, de pensador”.

Vasco Cordeiro
Presidente do Governo Regional dos Açores

“Portugal perde um grande cidadão, perde um grande político e um grande socialista. Foi um homem que foi muito importante na sociedade portuguesa, quer antes, quer depois do 25 de abril, e em funções muito diversas. Era uma personalidade que tinha uma visão do mundo. Pessoalmente, António Almeida Santos era também para mim, e é, um enorme amigo. É, de facto, uma enorme perda para o nosso país, e a sua memória perdurará por muito tempo”.

Carlos Zorrinho
Eurodeputado do PS

“Este é um dia muito triste para a democracia portuguesa. Foi um herói da liberdade, um combatente incansável pela justiça e pelo Estado de direito. Pessoalmente, recordo como um grande amigo, pessoa sempre afável, sempre disponível e capaz de gestos de grande humanidade e também como um inexcedível camarada. Um político sempre presente e solidário em todas as lutas, será sempre uma referência e uma inspiração”.

Pedro Silva Pereira
Eurodeputado do PS

“Almeida Santos foi uma figura que marcou a política nacional por muitos anos depois do 25 de Abril. Foi um legislador notável, quer diretamente como ministro, quer como conselheiro de membros do Governo e um excecional parlamentar. Um homem sempre presente ao longo da vida do PS, sempre disposto a ajudar companheiros e amigos. Uma grande figura nacional que desaparece, um grande consultor da nossa democracia pós 25 de abril”.

João Cravinho
Antigo ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território