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“Temos hoje em Portugal uma ilha de estabilidade que inveja muitos parceiros europeus”

“Temos hoje em Portugal uma ilha de estabilidade que inveja muitos parceiros europeus”

Portugal pode orgulhar-se de se apresentar hoje como uma “ilha de estabilidade política, económica e social”, em contraste com a incerteza e a instabilidade que se observa no panorama europeu e internacional, defendeu ontem o governante e dirigente socialista Pedro Nuno Santos, durante as Jornadas Parlamentares do PS, que decorreram na Guarda.
“Temos hoje em Portugal uma ilha de estabilidade que inveja muitos parceiros europeus”

“Quando se olha para o que acontece no mundo, seja nos Estados Unidos, seja em vários países da União Europeia, onde a incerteza política é muito grande, onde a instabilidade também, olhamos para Portugal como um espaço de estabilidade. Esta é uma das grandes vitórias de uma solução de Governo a que muita gente antecipava instabilidade”, afirmou.

O dirigente socialista reforçou também que todos os partidos políticos que suportam o Governo na Assembleia da República – PS, BE, PCP e “Os Verdes” – continuam “empenhados de forma séria” na continuidade desta solução governativa, que se tem revelado estável e produzido resultados positivos para a vida dos portugueses.

Pedro Nuno Santos sublinhou, por outro lado, ser visível que o discurso de PSD e CDS “ficou esvaziado” quando o atual Governo “conseguiu simultaneamente introduzir uma viragem política, sem romper com as regras da União Europeia”.

“Temos hoje um ambiente de estabilidade política, social e económica que inveja a maior parte dos nossos parceiros europeus”, acrescentou o também secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Recuperação sustentada de mais e melhor emprego

Intervindo também nas jornadas parlamentares, José António Vieira da Silva destacou que a criação de emprego registada no terceiro trimestre em Portugal, cerca de 86.200 empregos líquidos, a maioria correspondente a contratos sem termo, traduz uma recuperação sustentada do emprego no país, “indo ao encontro da política económica do Governo, que tem como objetivo também a existência de melhor emprego”.

“Algumas vozes dizem que é o turismo, esquecendo-se que estamos a comparar com o período homólogo do ano anterior. Mas muito deste emprego é criado nos serviços e na indústria e esmagadoramente por via do sector privado”, assinalou, sublinhando, no entanto, que apesar de a taxa de desemprego em Portugal se ter aproximado mais dos valores médios europeus, ainda “não estamos satisfeitos” com o caminho que é preciso prosseguir.

O titular da pasta da Segurança Social defendeu ainda que a atualização das pensões definida para o próximo ano teve como primeira prioridade privilegiar a subida das pensões “que estiveram congeladas na anterior legislatura, algumas delas de 300 ou 330 euros e que, pelo programa do PSD e CDS, continuariam congeladas até 2019”.

“Este Governo quis discriminar positivamente os pensionistas que foram penalizados e os que têm uma relação distinta com o sistema de Segurança Social. Uma relação com mais fortes carreiras contributivas”, completou.

Privilegiar a dimensão contributiva das pensões

Vieira da Silva considerou depois que é “uma questão fundamental de qualquer sistema de Segurança Social conseguir com a mesma política utilizar instrumentos de diferenciação dos mais frágeis, mas não pondo em causa o caráter universal que tem de possuir um sistema de proteção social através da sua dimensão contributiva”.

“Degradar a relação entre o esforço não contributivo e o contributivo do ponto de vista das prestações é ferir de morte um sistema de proteção social. Outros já o fizeram em outras partes do mundo e estão a pagar de forma muito cara no que respeita à credibilidade dos respetivos sistemas perante os cidadãos”, advertiu o governante socialista.

Na sua intervenção, Vieira da Silva defendeu ainda que a atualização das pensões no próximo ano será superior a todos os aumentos realizados pelo Governo da direita na anterior legislatura.

“Quem critica os aumentos das pensões em 2017 tem de se lembrar que esse aumento é superior aos verificados em todo o anterior ciclo governativo e sem recorrer a mecanismos como o corte do Complemento Solidário para Idosos, o alargamento da contribuição extraordinária de solidariedade (CES), a sobretaxa sobre as pensões ou as contribuições sobre os subsídios de desemprego e de doença – enquanto o Tribunal Constitucional o permitiu”, apontou.

Vieira da Silva criticou ainda a proposta do PSD para a criação de uma comissão independente para a reforma da Segurança Social sem a presença de qualquer representante do Governo. “O PSD finge que não há Governo, mas o Governo existe. O que não parece haver é uma oposição digna desse nome”, concluiu.

Todas as intervenções realizadas nas Jornadas Parlamentares do PS, nas sessões de abertura e de encerramento, assim como nos painéis temáticos, podem ser vistas aqui.