Tele-escola até ao terceiro ciclo já em preparação
As escolas estão já a preparar-se para a realização de aulas através da televisão pública, destinadas a alunos até ao terceiro ciclo, anunciou o ministro da Educação. Tiago Brandão Rodrigues explicou que esta solução visa assegurar a universalidade do acesso ao ensino, particularmente no que respeita aos alunos sem acesso à internet, enquanto decorrer a suspensão das aulas presenciais, remetendo os detalhes do arranque da iniciativa para o próximo dia 9 de abril.
“Como não era possível chegar a todos os alunos através dos meios mais tecnológicos, vamos poder fazê-lo pelos meios mais tradicionais”, disse o governante.
Tiago Brandão Rodrigues adiantou que esta solução de tele-escola irá acontecer num cenário “completamente diferente” do que existiu no passado para o segundo ciclo, em que era dada com “alunos e professor na sala de aula”. O recurso à televisão pública, explicou, utiliza o “meio em que existe mais acesso, porque está acessível através da Televisão Digital Terrestre e pela Internet”.
O ministro sublinhou que a tutela “está a trabalhar para o terceiro período acontecer”, qualquer que seja o cenário, lembrando que na próxima quinta-feira, 9 de abril, o Governo vai anunciar um conjunto de orientações para a forma como irá decorrer o último ciclo do ano letivo.
“Temos de nos preparar para situações mais complexas e temos de começar a trabalhar atempadamente e a produzir todas estas ferramentas”, sublinhou.
15 milhões para apoiar alunos com dificuldades de aprendizagem
Ainda no que respeita à área educativa, o Governo anunciou também a atribuição de 15 milhões de euros para projetos, a realizar no próximo ano letivo, destinados a apoiar crianças e jovens com problemas de aprendizagem ou de inclusão. A decisão foi tomada no último Conselho de Ministros, que autorizou a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares a celebrar a despesa para a continuação dos projetos realizados pelos CRI, agora também alargados a outras instituições.
Os Centros de Recursos para a Inclusão (CRI), instituições que dão apoio às escolas para garantir o sucesso educativo de crianças com dificuldades de aprendizagem, vão receber cerca de 10 milhões de euros, idêntico ao do presente ano letivo, sendo atribuída uma verba de 5 milhões de euros a cooperativas, associações de ensino especial e instituições particulares de solidariedade social que desenvolvam, também, programas para alunos com dificuldades de aprendizagem.
Os contratos para garantir as refeições confecionadas nos estabelecimentos de educação do continente nos dois próximos anos letivos – entre 1 de setembro de 2020 e 31 de agosto de 2022 – também estão previstos no diploma aprovado na passada quinta-feira, cujo valor ronda os 60 milhões de euros, tendo já em atenção a respetiva transferência de competências para as autarquias.