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“Taxa de sustentabilidade sobre as reformas é uma encenação de mau gosto ou uma tragédia”

“Taxa de sustentabilidade sobre as reformas é uma encenação de mau gosto ou uma tragédia”

Carlos Zorrinho considerou que a aplicação da taxa de sustentabilidade sobre as pensões ou é uma encenação de mau gosto do Governo, ou uma realidade trágica e exigiu saber se haverá corte retroativo nas reformas.

“A taxa de sustentabilidade sobre as reformas dos portugueses é uma encenação de mau gosto ou uma realidade trágica? Qualquer resposta dúbia ou inconclusiva mais não fará do que confirmar o pior cenário”, afirmou o líder da bancada socialista no início do debate de urgência requerido pelo PS sobre cortes nas pensões.

Carlos Zorrinho também frisou que o PS se oporá a qualquer aplicação abusiva do princípio da convergência entre os sectores público e privado ao nível das pensões.

“Queremos que o Governo explique já os 750 milhões de euros que pretende sonegar [aos pensionistas] da Caixa Geral de Aposentações”, exigiu.

O presidente do grupo parlamentar do PS fez, ainda, duras críticas às opções políticas do Governo, acusando o Executivo de estar a quebrar a confiança entre Estado e cidadãos: “Ninguém está livre da sanha persecutória deste Governo”.

“Estas medidas têm autores confessos. Eles são Pedro Passos Coelho e, por muito que queira fugir da fotografia, Paulo Portas. São eles os responsáveis pela incerteza, pelo desvario, pela angústia e pelo desânimo que tolhe a sociedade portuguesa”, acusou.

Carlos Zorrinho considerou, ainda, que o Governo, com o anúncio de novos cortes nas pensões, colocou em situação de instabilidade cerca de três milhões de portugueses que “não sabem o que os espera no dia de amanhã”.

“Eu diria mais: Com este Governo são dez milhões de portugueses que vivem na incerteza e na angústia. Abriu-se a caixa de Pandora. A palavra do Governo vale zero”, acrescentou.