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TAP: PS está disponível para debate depois de conhecido relatório da IGF

TAP: PS está disponível para debate depois de conhecido relatório da IGF

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Carlos Pereira defendeu hoje que o Parlamento terá condições para voltar a escrutinar o caso da indemnização da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, quando a Inspeção-Geral de Finanças disponibilizar o relatório solicitado pelo Governo, e salientou as responsabilidades políticas já assumidas pelo executivo.

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Carlos Pereira

O Partido Socialista chumbou hoje os requerimentos do PSD, Bloco de Esquerda, Chega e PCP para ouvir Pedro Nuno Santos, Fernando Medina e Alexandra Reis sobre a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis, porque “é preciso acrescentar informação para poder tirar mais responsabilidades, ou, de alguma forma, ter um escrutínio mais profundo sobre aquilo que se passou”, explicou Carlos Pereira em declarações à comunicação social.

“Com o relatório da Inspeção-Geral de Finanças, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista considera que há condições para voltar a escrutinar a situação, compreender o que se passou e por que razão ocorreu a indemnização”, disse.

O vice-presidente da bancada socialista destacou que, “na sequência da avaliação e do escrutínio que foi sendo feito ao longo dos últimos dias, já houve responsabilidades políticas”, com o secretário de Estado das Infraestruturas a dizer publicamente que tinha conhecimento do caso e que não tinha informado o ministro, com Pedro Nuno Santos a assumir as suas “responsabilidades políticas” e a demitir-se do cargo de ministro das Infraestruturas e da Habitação, e com o ministro das Finanças a “convidar a secretária de Estado Alexandra Reis a demitir-se”.

“Perante os dados conhecidos, as responsabilidades políticas foram assumidas pelo Governo, como não podia deixar de ser. O Grupo Parlamentar do Partido Socialista considera que teria efetivamente de ser assim”, vincou.

Por isso mesmo, é “mentira” quando alguns partidos dizem que não tem havido escrutínio neste caso, alertou o dirigente socialista.

Depois de o Governo ter remetido os esclarecimentos da TAP sobre os contornos da indemnização atribuída a Alexandra Reis à Inspeção-Geral de Finanças, resta esperar que esse relatório seja divulgado, algo que é “absolutamente essencial para acrescentar informação para poder continuar o debate” e para que este “não seja redundante”, defendeu.

“Uma audição sem essa informação seria insipiente, não seria conclusiva e seria apenas na rama política e no falatório político”, considerou o socialista.

Em seguida, Carlos Pereira admitiu a probabilidade de, “quando o relatório chegar, os partidos que hoje apresentaram estes requerimentos voltarem a apresentar requerimentos”. Neste caso, “naturalmente que o Partido Socialista não se oporá. Pelo contrário, estará disponível para que esse debate se faça”, assegurou.

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