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Suspensão de fundos europeus seria injusta e contraproducente para a economia portuguesa

Suspensão de fundos europeus seria injusta e contraproducente para a economia portuguesa

Suspender os fundos comunitários a Portugal “não só seria injusto”, como seria “altamente contraproducente”, uma vez que são “essenciais para podermos crescer, criar emprego e termos finanças públicas mais sólidas”, declarou António Costa em Estocolmo, após um encontro com o seu homólogo sueco.

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Suspensão de fundos europeus seria injusta e contraproducente para a economia portuguesa

Horas antes do diálogo consultivo agendado para Estrasburgo, o primeiro-ministro português expressou a sua convicção de que “diálogo estruturado” que terá lugar entre Comissão Europeia e Parlamento Europeu sobre a suspensão de fundos a Portugal conduzirá “à conclusão óbvia” de que a mesma não faz sentido.

Apontando que Portugal terá no final deste ano “um défice confortavelmente abaixo dos 2,5%” e cumprirá os objetivos com que se comprometeu, o líder do Executivo português insistiu que seria, por isso, “muito contraproducente qualquer perturbação na capacidade de execução dos fundos comunitários”, até pela importância de que estes se revestem para a retoma da economia portuguesa.

Recorde-se que o Parlamento Europeu (PE) discutiu com a Comissão Europeia, à margem da sessão plenária e pela primeira vez, a possível suspensão de fundos estruturais a Portugal e Espanha à luz dos procedimentos por défice excessivo, no chamado ‘diálogo estruturado’, com caráter consultivo.

A Comissão, depois deste ‘diálogo estruturado’ com o PE, elaborará uma proposta, mas a decisão cabe ao Conselho de Ministros das Finanças da UE (Ecofin).

Em Estocolmo, António Costa afirmou que haverá um “aumento justo” das pensões no próximo ano, apontando que é necessário esperar pela apresentação do Orçamento do Estado para 2017 para conhecer detalhes.

Guterres é o melhor candidato para liderar as Nações Unidas

De seguida manifestou-se contra operações diplomáticas “à última hora” na corrida ao cargo de secretário-geral das Nações Unidos e disse esperar que ganhe efetivamente “o melhor”, ou seja, António Guterres.

Numa conferência de Imprensa conjunta com o seu homólogo sueco durante a qual foi questionado sobre a corrida à liderança da ONU, Costa reforçou que Guterres é “certamente o melhor candidato, como em cinco votações consecutivas os membros do Conselho de Segurança puderam expressar ao longo destes meses”.

“Achamos que é um passo muito positivo as Nações Unidas, pela primeira vez, terem adotado um processo transparente (…) e que desta vez a escolha não seja feita nas chancelarias entre acordos diplomáticos, mas de forma aberta”, considerou, para depois rematar não crer que seja positivo que este esforço de transparência seja comprometido à última hora com operações diplomáticas que desvalorizem aquilo que foi o trabalho de tantos candidatos e candidatas de tantos países e continentes, que ao longo destes meses se submeteram à discussão pública para saber quem é o melhor”.

“Desejamos é que ganhe o melhor”, terminou.