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Surto de legionella em fase descendente e com resposta firme do SNS

Surto de legionella em fase descendente e com resposta firme do SNS

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou na terça-feira que o surto de legionella terá já entrado “numa curva descendente”, reiterando que “os portugueses têm condições para confiar no Serviço Nacional de Saúde, que respondeu com grande firmeza e competência” aos casos detetados no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Surto de legionella em fase descendente e com resposta firme do SNS

Em conferência de Imprensa conjunta, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, referiu também que o número de casos detetados se encontra estabilizado, acrescentando que os resultados preliminares de análises colhidas indiciam um efeito positivo das medidas corretivas aplicadas no sistema de refrigeração da unidade hospitalar.

Já durante o dia de ontem, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhara que o Governo tem acompanhado a situação “com preocupação”, pela evolução do estado de saúde de todos os doentes infetados com a bactéria, manifestando “grande consternação e pesar” em relação às duas vítimas mortais.

António Costa garantiu ainda que “foram já tomadas medidas para esclarecer tudo aquilo que aconteceu”.

Agravamento das sanções para falta de qualidade do ar

Na conferência de Imprensa que teve lugar na unidade de São Francisco Xavier, o ministro da Saúde anunciou ainda que o Governo vai agravar as sanções para os casos de incumprimentos das normas de prevenção e vigilância quanto à qualidade do ar.

“Estou a trabalhar com o ministro do Ambiente para que possamos densificar, não só a malha da prevenção e vigilância, mas também o quadro sancionatório, para os incumprimentos que venham a ser encontrados, quer na qualidade do ar interior, como exterior”, disse.

O ministro confirmou que a origem do foco foi o hospital São Francisco Xavier, considerando que as primeiras evidências apontavam logo para uma emissão dentro do perímetro da unidade hospitalar. “Trata-se provavelmente de uma falha técnica”, apontou.

Adalberto Campos Fernandes enfatizou que “o importante é densificar a malha inspetiva e, sobretudo, agravar o quadro sancionatório quando existe uma falha”.

O governante adiantou ainda que pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para acompanhar as investigações em curso sobre o surto, entendendo também como importante o “acompanhamento do Ministério Público”.

O surto, que já provocou duas vítimas mortais, infetou – até ao momento – 38 pessoas, estando cinco internadas em unidades de cuidados intensivos.