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Subsídios de assessores: PS acusa Governo de iniquidade

Subsídios de assessores: PS acusa Governo de iniquidade

jos-junqueiro
O vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Socialista, José Junqueiro acusou o Governo de cometer uma grande iniquidade ao pagar subsídio de férias a assessores oriundos do privado, dizendo que não pode haver funcionários de primeira e de segunda.

É um ato de grande iniquidade do senhor primeiro-ministro, do ministro das Finanças e do Governo em geral, porque quando todos os funcionários são chamados para dar o seu contributo para a crise que vivemos não pode haver funcionários de primeira e funcionários de segunda”, afirmou o deputado socialista.

O Grupo Parlamentar do PS já perguntou ao primeiro-ministro, duas vezes, “quantos é que são, de onde é que vieram, que vínculo é que têm e quanto é que estão a gastar com eles”, mas segundo José Junqueiro a resposta está a “demorar muito tempo” a chegar.

Eu suponho que [o Governo] tem grandes dificuldades em fazer isso, porque não há nenhuma boa justificação para esse efeito”, considera o deputado do PS.

Para o Partido Socialista, não há uma justificação aceitável para o facto de os funcionários oriundos do privado e que trabalharam seis meses em 2011 receberem o subsídio de férias.

Quem trabalha há 40, 30, 20 anos, 10 anos não tem direito a nada. O Governo devia ter vergonha em estar a tentar dar esta explicação, porque sabe que é uma explicação que dá em cima de um parecer que lhe demonstra que tudo o que está a fazer é inconstitucional”, frisou José Junqueiro, acrescentando que além de inconstitucional, “é também imoral, porque não pode dizer que aqueles que trabalham há seis meses têm direito e os que trabalham há 40 anos não têm direito nenhum, nem os outros”.

O Governo convocou todos os funcionários públicos para este sacrifício, logo não pode haver funcionários ao mais alto nível que se estejam a escapar a esse contributo, com a capa protetora do Governo.

O Governo perdeu a noção daquilo que é o respeito pelas pessoas” e a sua atitude “já não é uma questão de má ou pior governação”, mas sim “um absolutismo completo, uma discriminação entre os portugueses, em que protege os seus nos seus gabinetes e desprotege todos os outros”, acusou José Junqueiro.

O PS vai esperar “pacientemente” até ao início de setembro, pelo fim do prazo para que o primeiro-ministro responda, “de forma simples a perguntas simples” e, nessa altura, reagirá.