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Sónia Fertuzinhos: “Um Governo empenhado seria capaz de corrigir os seus erros”

Sónia Fertuzinhos: “Um Governo empenhado seria capaz de corrigir os seus erros”

O Partido Socialista acusa o Governo de insistir em políticas erradas, como a austeridade reforçada, e de acabar com políticas que seguiam o rumo certo, como a educação.

A deputada Sónia Fertuzinhos alertou, nas declarações políticas que fez hoje no Parlamento, que “a economia e a sociedade portuguesa são hoje uma economia e uma sociedade fortemente ameaçadas pelo risco de um profundo e prolongado empobrecimento. Para encontrarmos um nível de criação de riqueza idêntico ao de hoje temos que recuar ao ano de 2001”, ou seja, “temos de recuar 12 anos”, sublinhou. “Do mesmo modo, para encontrarmos um nível de investimento idêntico ao de hoje temos que recuar para lá de 1995”, acrescentou.

Já quanto aos números do emprego, a deputada socialista explicou que “estamos 587 mil e 600 empregos abaixo da situação que tínhamos em 2007”, só havendo “valores idênticos em 1995”. Sónia Fertuzinhos revelou, ainda, que há um milhão e cem mil portugueses com mais de 45 e menos de 65 anos que estão fora do mercado de trabalho.

A deputada do PS referiu-se também à pobreza e desigualdades existentes em Portugal: “A taxa de risco de pobreza ou exclusão social aumentou em 2012, estando 2 milhões e 665 mil pessoas nesta situação. Aumentou o número de pessoas em situação de privação severa em 2012, sendo o seu número exato 910 mil”. Em seguida questionou: “O que tem este Parlamento a dizer a estas portuguesas e a estes portugueses?”.

Para o Partido Socialista, “um Governo que estivesse verdadeiramente empenhado em contrariar os riscos de estagnação e de empobrecimento da sociedade portuguesa seria um Governo capaz de aprender e de corrigir os seus erros”. Deste modo, o Executivo deveria corrigir o “erro do fanatismo e do sectarismo político” para justificar a destruição de políticas que estavam a ter resultados positivos no aumento da competitividade e desenvolvimento. Deveria, igualmente, corrigir o erro “da persistência em políticas erradas” que contribuíram para a situação que o país vive.

Sónia Fertuzinhos apontou a educação como um das áreas em que o Governo mais errou. A comprová-lo estão os resultados do PISA, que confirmaram uma “evolução positiva dos resultados alcançados pelos estudantes portugueses na avaliação dos seus conhecimentos”. A socialista criticou o ministro da Educação por ter brindado o país com um “silêncio ensurdecedor” depois de revelados os resultados. “Se há área onde não podemos retroceder é a da educação e da qualificação”, asseverou. Por outro lado, considerou, o erro mais persistente do Executivo é a austeridade reforçada, “cortar pensões, cortar salários, aumentar a idade da reforma à revelia dos acordos e da concertação social”.