Sócrates critica posição do PSD sobre salário mínimo
O primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista José Sócrates rejeitou ontem as críticas de Manuela Ferreira Leite em relação à subida do ordenado mínimo nacional. “Reparem na mesquinhez do que estamos a discutir: estamos a discutir a evolução de trabalhadores que ganham 426 euros para 450 euros”, afirmou José Sócrates aos jornalistas na terça-feira à noite, à margem de uma cerimónia em que participou, na cidade brasileira de Salvador da Bahia.
José Sócrates acusa também os sociais-democratas de incoerência. “Em Portugal e na Europa, consideramos 400 euros o limiar da pobreza. É espantoso e chocante ver os mesmos que aparecem tantas vezes na televisão a chorar lágrimas de crocodilo pelos novos pobres, virem agora lamentar o aumento do salário mínimo”, afirmou o chefe do Executivo. O primeiro-ministro defendeu ainda que o aumento previsto para o salário mínimo no próximo ano “em nada compromete a competitividade das empresas”. “O ordenado mínimo é um instrumento social que serve para dar melhores condições de vida àqueles trabalhadores que ganham menos e que merecem, naturalmente, uma evolução do seu salário que esteja à altura das suas necessidades”, concluiu José Sócrates.