Sócrates anuncia incentivos em debate quinzenal dedicado à economia

José Sócrates afirmou que a Administração Central e autarquias já pagaram cerca de dois mil milhões de euros de dívidas às empresas, as quais também acederam ao mesmo montante através de linhas de crédito garantido pelo Estado.

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Falando na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República, dedicado à economia, José Sócrates estimou que, até ao momento, “foram pagos 1400 milhões de euros” e que as autarquias “preparam pagamentos de mais de 485 milhões de euros” no âmbito do programa de regularização de dívidas do Estado a fornecedores.

“Falamos de dois mil milhões de euros devolvidos às empresas e injectados na economia real – a maior operação de sempre de regularização de dívidas da administração pública a fornecedores”, considerou o líder do executivo.

No debate, Sócrates avançou com outros dados, designadamente que o conjunto das políticas de apoio ao emprego “atingirá 2,7 milhões de euros em 2009”. No capítulo dos investimentos, o primeiro-ministro destacou a construção de novas barragens, as redes de banda larga de nova geração e a modernização do parque escolar.

José Sócrates anunciou ainda benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares, programa que pretende atingir 65 mil habitações em 2009, num investimento de 225 milhões de euros. Avançou também que o Governo vai ordenar a realização de auditorias sistemáticas de eficiência energética nos edifícios públicos a partir de Março, abrangendo hospitais, universidades e instalações de Defesa Nacional.

Segundo o líder do executivo, as famílias que entenderem instalar em 2009 painéis solares térmicos nas suas casas contarão “com um triplo benefício”: “Pagarão menos de metade do custo do equipamento; verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20 por cento; e terão ainda um benefício fiscal de 30 por cento do custo de investimento do primeiro ano”.

“O investimento previsto chegará aos 225 milhões de euros, cabendo ao Estado uma comparticipação na ordem dos 100 milhões de euros. Estima-se também a criação de cerca de 2500 postos de trabalho”, anunciou José Sócrates.