Socialistas reforçam confiança para as legislativas regionais de 2019

Com “um programa de governo credível e uma estratégia para a próxima década”, o PS-Madeira apresenta-se neste ato eleitoral com “a crença de que chegou o momento de a Madeira conquistar finalmente a alternância governativa que há tanto anseia”, numa coligação com a sociedade civil, onde os madeirenses e porto-santenses serão o centro da atuação do Governo.

Os socialistas madeirenses destacam a Educação, a Economia e a Saúde como “as três áreas prioritárias”, num programa de Governo que quer implementar uma nova geração de políticas públicas que levem ao crescimento económico e social da Região, à promoção da sustentabilidade do território, à fixação das pessoas, à promoção do emprego e à garantia de oportunidades à população jovem.

Orçamento é “um dos piores de sempre” e prenuncia um fim de ciclo

A exigência de mudança na Região foi, aliás, tema do debate do Orçamento e Plano para 2019, na Assembleia Legislativa Regional, onde o líder parlamentar socialista, Victor Freitas, classificou a proposta do atual Executivo como “um dos piores orçamentos de sempre” para a Madeira.
“Depois de tudo aquilo que os madeirenses sofreram, havia condições para um desagravamento fiscal”, apontou

O líder da bancada socialista acusou ainda o Governo Regional de mentir aos madeirenses ao dizer que irá proceder a uma redução fiscal, quando espera obter em 2019 uma receita de impostos significativamente superior à dos anos em que o Plano de Assistência Económica e Financeira (PAEF) esteve em vigor.

De acordo com Victor Freitas, o PSD não cumpriu as promessas feitas no seu programa eleitoral e manteve ainda uma elevada carga fiscal sobre os madeirenses lembrando que, em 2012, a receita fiscal do Orçamento era de 641 milhões de euros e, para o próximo ano, são esperados 884 milhões. O que, segundo o deputado socialista, resulta em que os madeirenses não recebam qualquer retorno do esforço feito durante o PAEF.

Victor Freitas afirmou ainda que “o PSD teme o candidato do PS, Paulo Cafôfo, que condiciona as opções do PSD”, acrescentado que os ataques vindos da bancada social-democrata não são destinados ao PS ou a Lisboa, mas sim “contra os que querem a mudança”.

Também o deputado Jaime Leandro se manifestou quanto aquilo que considera tratar-se de “um Orçamento de fim de ciclo, que será com grande probabilidade o fim do ciclo governativo do PSD, no próximo ano”.

O deputado socialista lançou críticas ao Governo Regional, que acusa de estar a apresentar “orçamento reativo” com o intuito de “suprir tudo o que deveriam ter feito nos últimos três anos e não fizeram”.

“Resolveram dar corda aos sapatos e acordar do estado de hibernação”, declarou Jaime Leandro, considerando que este Orçamento é já “um presságio desastroso do fim do PSD no Governo em 2019”.