Socialistas propõem mecanismo permanente para prevenção e resposta a catástrofes naturais
O parlamentar português sustentou também que “as alterações climáticas, as lacunas de prevenção e a dificuldade em lidar com fenómenos extremos nunca antes verificados exigem novas respostas, mais recursos e melhor coordenação”.
Ao intervir no debate no Parlamento Europeu sobre os recentes fogos florestais em Portugal e Espanha, Carlos Zorrinho constatou que nos casos em análise “os mecanismos de cooperação na resposta à emergência funcionaram”, tendo também assinalado que “os fundos necessários serão disponibilizados de acordo com as regras, cobrindo 95% dos prejuízos patrimoniais identificados”.
“No entanto, a dimensão das tragédias e os fenómenos climáticos que as tornaram devastadoras do ponto de vista humano e patrimonial demonstram que o nível de risco subiu e é necessário preparar para o futuro outro nível de resposta”, alertou.
Carlos Zorrinho defendeu ainda “um trabalho conjunto nas respostas de emergência, em que devem ser reforçados os meios disponíveis e a prontidão de acionamento, mas também e sobretudo na cooperação para a prevenção e para a recuperação do tecido económico e social e do património destruído”.
Durante o mesmo debate, Liliana Rodrigues solicitou à Comissão Europeia que garanta um aumento do Fundo de Solidariedade Europeu e que adapte as regras para a sua mobilização flexível. “Para que possa abranger um conjunto mais vasto de catástrofes e reduzir o tempo entre o momento em que ocorre a catástrofe e o momento em que os fundos estão disponíveis”, justificou a deputada.
Ricardo Serrão Santos também usou da palavra e deixou o alerta: “aconteceu em Pedrogão e acontecerá noutros locais do sul da Europa” porque “não podemos dissociar estes fenómenos das alterações climáticas globais. Temos de nos preparar de forma solidária”.