Socialistas pedem posição firme para travar operação militar da Turquia na Síria
A deputada classificou, durante a sessão plenária de Estrasburgo, os avanços da Turquia em território sírio como uma “ameaça à estabilidade e segurança da região”, alertando que a ofensiva motiva, como consequências nefastas, “a deslocação forçada de populações fragilizadas por um longo conflito” e o “abrir de portas a um possível ressurgimento do DAESH”.
Na opinião de Isabel Santos, a iniciativa do Conselho Europeu de embargar o fornecimento de armas “não basta”, defendendo que deve alargar-se “a todos os fornecimentos em curso, adotando sanções dirigidas a indivíduos que direta ou indiretamente estejam implicados em violações de direitos humanos e a interesses económicos”.
A União Europeia “não pode apoiar qualquer operação de reengenharia social” e deverá continuar a prestar apoio humanitário aos refugiados sírios e aos países vizinhos que os acolhem, afirmou a parlamentar socialista, ressalvando ainda a rejeição de “qualquer operação de retorno forçado”.
Intervindo no mesmo debate, a eurodeputada Margarida Marques sustentou, por sua vez, que “não há uma solução militar” para a situação no território sírio, apelando a uma posição forte e conjunta das instituições europeias.
A União Europeia tem que “agir a uma só voz e mobilizar a sua influência, trabalhando com as Nações Unidas para alcançar a paz nesta região do Mundo tão massacrada”, preconizou.