Socialistas europeus exigem ambição para mudança de rumo na UE
O Parlamento Europeu debateu ontem o programa de trabalho da CE para 2016, o documento que mais se aproxima de um programa de governo da União Europeia (UE). Frans Timmermans, vice-presidente da CE, apresentou aos eurodeputados as prioridades para o próximo ano e o debate contou exclusivamente com a intervenção dos líderes dos grupos políticos. Neste contexto, coube a Maria João Rodrigues, na qualidade de vice-presidente do Grupo S&D, que lidera as negociações sobre este assunto da parte dos socialistas europeus, a intervenção no debate.
Maria João Rodrigues defendeu “propostas concretas para resolver as várias crises que a Europa enfrenta”, afirmando que “a UE deve fazer tudo ao seu alcance para prevenir um desastre humanitário com a crise dos refugiados”, mas que “não pode deixar de lutar para que a zona euro se torne num espaço de convergência e prosperidade”.
Para a eurodeputada socialista, “a CE tem que apresentar uma proposta ambiciosa de revisão da estratégia Europa 2020 para a tornar numa estratégia credível para o crescimento e para a criação de emprego” e “promover a convergência entre Estados-membros, que atualmente competem entre si através da degradação dos seus standards sociais”.
A vice-presidente socialista no Parlamento Europeu apresentou várias propostas que considera fundamentais para a mudança de rumo da UE, defendendo, entre outras, “que é necessário completar a União Económica e Monetária, dotando-a de uma efetiva União Bancária e verdadeira capacidade orçamental, continuar os esforços no que toca o combate à evasão fiscal” e que “estes esforços devem ser acompanhados pelo reforço do pilar social”, dando o exemplo do longo trabalho que ainda há a fazer para “garantir salário igual por trabalho igual e no que toca à conciliação entre a vida profissional e familiar para mulheres e homens”.