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Socialista Edite Estrela vê aprovados os seus relatórios em Estrasburgo

Socialista Edite Estrela vê aprovados os seus relatórios em Estrasburgo

Os relatórios da deputada do Partido Socialista Edite Estrela sobre as desigualdades no desporto e sobre o cumprimento das obrigações de adesão da Roménia ao Conselho da Europa foram ontem aprovados, em Estrasburgo, na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE).

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Edite Estrela

“As desigualdades salariais, o tratamento e o estatuto entre mulheres e homens continuam a ser frequentes no domínio do desporto”, sustentou a também vice-presidente da APCE na apresentação do relatório ‘A luta pela igualdade de condições – acabar com a discriminação contra as mulheres no mundo do desporto’, aprovado por unanimidade.

Edite Estrela alertou que “comentários sexistas e imagens estereotipadas de desportistas, questionando a sua chamada ‘feminilidade’, são regularmente divulgados nos meios de comunicação e nas redes sociais”. No entanto, “ao mesmo tempo, há uma hipersexualização das desportistas, reforçada pela comunicação social”, lamentou.

A socialista mencionou depois que o movimento ‘Me Too’ surgiu também na área do desporto, sendo “preocupante constatar que os testemunhos das vítimas implicam um grande número de associações desportivas e federações”.

Também “as mulheres LBTI são vítimas de discriminação invisível e múltipla no desporto”, referiu Edite Estrela, que afirmou que para além destas atletas poderem ser rejeitadas à chegada a uma equipa ou não terem o apoio das famílias, “os meios de comunicação transmitem estereótipos negativos”, que podem “ser alvo de discursos de ódio, assédio e violência”.

Um exemplo é o que está a acontecer nos Estados Unidos da América e na Europa, com “movimentos anti género” a abrangerem o mundo do desporto, “apelando à exclusão e ao não reconhecimento de atletas LBTI”, apontou.

O relatório elaborado por Edite Estrela faz um apelo à ação, recomendando a “luta contra os estereótipos de género através de ações de sensibilização, prevenção da violência, formação de pessoal desportivo e educação sobre a igualdade de género em geral”. A vice-presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aconselhou as federações desportivas e os clubes a “elaborar códigos de conduta e a estar atentos às questões da igualdade”.

“Tornar a adoção e a implementação de estratégias para a igualdade de género, combater a violência e promover a igualdade salarial poderiam também ser medidas eficazes”, acrescentou.

No final da sua intervenção, Edite Estrela congratulou-se por o Governo português ter criado “um grupo de trabalho há alguns meses, coordenado por uma antiga atleta paralímpica, com a missão de apresentar contributos e recomendações para políticas públicas em matéria de igualdade no desporto”. E expressou o desejo de outros países seguirem o exemplo.

Roménia tem feito progressos substanciais

Também o relatório sobre o cumprimento das obrigações de adesão da Roménia ao Conselho da Europa, do qual Edite Estrela é co-relatora, foi aprovado, tendo tido apenas três votos contra.

A socialista salientou, na apresentação do documento, “os progressos substanciais realizados pela Roménia no cumprimento das normas do Conselho da Europa, em particular no que se refere ao poder judicial e à luta contra a corrupção”.

O Governo romeno “está a implementar a Estratégia Anticorrupção para 2021-2025, que já deu resultados encorajadores em termos de maior eficácia da investigação e sanção da corrupção de médio e alto nível”, informou.

Estão igualmente em preparação “alterações ao Código Penal e ao Código do Processo Penal relativos, nomeadamente, aos crimes de corrupção e abuso de poder”, disse Edite Estrela, que indicou que “entre as preocupações pendentes, a questão da aplicação dos acórdãos do Tribunal Europeu continua a ser uma das mais preocupantes”, bem como a situação dos meios de comunicação social.

Ora, no que se refere aos direitos humanos, “a Roménia é considerada como um exemplo de boas práticas europeias no domínio dos direitos das pessoas pertencentes às minorias”, vincou a socialista, acrescentando que “a Roménia também deve ser louvada pela forma como lidou com a afluência de refugiados da Ucrânia”.

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