home

Sob o lema ‘Tempo de agir’ Portugal quer ser o leme da Europa

Sob o lema ‘Tempo de agir’ Portugal quer ser o leme da Europa

A presidência portuguesa da União Europeia (UE) escolheu o lema ‘Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital’, assumindo-se como “um leme” que quer orientar a Europa para o futuro.
Sob o lema ‘Tempo de agir’ Portugal quer ser o leme da Europa

A apresentação do lema, logótipo e sítio oficial da presidência portuguesa, que terá início a 1 de janeiro, teve lugar na passada sexta-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, tendo o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros realçado que “agora, é tempo de concretizar”, de “passar das decisões para os resultados” e de implementar os acordos e “concluir o que ainda estiver por decidir”.

“O lema da nossa presidência procurou ser – e é – o mais simples, o mais claro, mas também o mais eloquente possível: ‘Tempo de agir’. Nós tomamos e ainda estamos a concluir, ao longo deste semestre, decisões muito importantes para o nosso futuro próximo, decisões estratégicas para o nosso futuro próximo, designadamente aquelas que têm a ver com o próximo Quadro Financeiro Plurianual […], mas também aquelas que, por essa via, permitam que a Europa encare melhor o desafio da dupla transição” verde e digital, começou por referir Augusto Santos Silva, justificando o porquê do lema escolhido.

“Justamente para garantir a recuperação, uma recuperação que queremos justa, e daí a importância do modelo social europeu, que é aquilo que pontuará a nossa presidência, designadamente a Cimeira Social do Porto, mas também uma recuperação verde e digital”, reforçou.

De acordo com o chefe da diplomacia portuguesa, a partir das prioridades e do lema da presidência, também o logótipo escolhido – pontos amarelos que se unem num leme, sobre um fundo azul – se torna “fácil de compreender”.

“O que une a Europa é, desde logo, as cores da sua bandeira. O nosso logótipo trabalha o azul e o amarelo que estão nas cores da nossa bandeira comum, trabalha a partir das estrelas que simbolizam a nossa bandeira, que transformam as 12 estrelas da bandeira nos 27 Estados-membros que hoje compõem a UE”, clarificou Santos Silva, acrescentando que o mesmo pode ser associado a uma roda de leme ou ao sol.

“Essa ideia de direção é uma ideia de futuro e a presidência portuguesa do conselho da UE quer valorizar a unidade da Europa e a unidade da Europa que nasce para o futuro, que caminha para o futuro e, em relação à qual, a presidência portuguesa pode ser, sem falsas modéstias, uma espécie de leme para ajudar todos nós a orientar-nos, unidos, em direção a esse futuro”, vincou.

Decorrendo no contexto da pandemia de Covid-19, a presidência portuguesa obrigará a uma necessidade de adaptação às respetivas restrições e a “um enorme trabalho”, como também notou a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, para responder aos desafios organizativos e para ter “uma presidência digital à séria”, com epicentro no Centro Cultural de Belém, mas sem excluir “reuniões presenciais de forma descentralizada” por todo o país, inclusive nas regiões autónomas.

A quarta presidência portuguesa da UE tem como prioridades a Europa Resiliente, capaz de resistir a crises, não apenas economicamente, como ao nível dos valores europeus, a Europa Social, com o modelo social como fator de crescimento económico, a Europa Verde, líder mundial no combate às alterações climáticas, a Europa Digital, pronta para enfrentar a transição tecnológica a nível económico e de proteção dos direitos dos cidadãos, e a Europa Global, assente na aposta no multilateralismo.

As prioridades e atividades podem ser consultadas aqui.