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"Só os fortes estão disponíveis para os grandes compromissos"

"Só os fortes estão disponíveis para os grandes compromissos"

O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, fez hoje um apelo a menos “conflitualidade” e a mais “compromissos” no Parlamento na nova legislatura em que, disse, “ninguém sabe o que estará a fazer”.

Num discurso na última reunião plenária desta legislatura, Francisco Assis defendeu que “só os fortes estão disponíveis para os grandes compromissos”, lamentando “o excesso de conflitualidade que marcou” o último ano e meio da vida política portuguesa.
Apesar disso, saudou os entendimentos possíveis, a “relação séria” mantida entre todos os líderes parlamentares e revelou que ficou a admirar deputados de todas as bancadas, “pela inteligência, pela qualidade da sua intervenção e pela forma dedicada como se entregam às questões nacionais”.
“Do Bloco de Esquerda ao CDS, encontrei aqui muita gente que faz falta ao nosso país e que vai certamente ter uma presença ativa no futuro do nosso país. E eu julgo que é isso que nós não devemos esquecer”, considerou.
Segundo o líder parlamentar do PS, é preciso que todos estejam “a servir o país” num futuro próximo que é incerto: “Vamos para umas eleições, uns ganharão, outros perderão. E, verdadeiramente, ninguém em absoluto sabe o que vai acontecer, nenhum de nós sabe o que estará a fazer neste Parlamento daqui a dois, três, quatro, seis meses”.
Por outro lado, nesta intervenção Francisco Assis alegou que “nas próximas eleições vão estar em causa dois projetos de governação para o país”.
De um lado estarão “os projetos da direita, daqueles que querem aproveitar a crise para, em nome do combate à crise, combaterem o essencial do Estado social, tal como ele existe em Portugal e está consagrado no nosso modelo constitucional”, disse.
Do outro estará o PS com “um projeto de governação assente na preocupação de responder aos nossos problemas mais agudos: ajustamento orçamental, criação de condições para promover crescimento da economia apostando na modernização do país, na melhoria dos nossos recursos humanos, na melhoria das nossas infraestruturas físicas, mas, ao mesmo tempo, na manutenção do nosso Estado social de acordo com esses mesmos princípios basilares que o tem identificado ao longo das últimas décadas”, sustentou.