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Só não haverá redução do IRS em 2024 se o Governo não quiser cumprir a sua promessa

Só não haverá redução do IRS em 2024 se o Governo não quiser cumprir a sua promessa

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje não ver nenhuma razão para que o Governo não cumpra a sua promessa aos portugueses de aplicar a redução do IRS já em 2024.

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Pedro Nuno Santos falava esta quinta-feira, em conferência de imprensa na sede nacional, em Lisboa, após um encontro com o partido Livre, lembrando que o impacto orçamental da proposta aprovada na Assembleia da República é o mesmo da proposta do executivo, apenas com uma diferença na “distribuição da poupança fiscal”.

“O Governo disse, desde abril, que queria fazer uma redução de IRS adicional àquela que o Governo anterior já tinha feito e que tivesse consequências já em 2024. Não vemos nenhuma razão para que o Governo não reveja já as tabelas de retenção na fonte” e para que “não cumpra aquela que era a sua promessa”, lembrou o líder socialista.

“Por isso, é muito importante que os portugueses saibam que só não haverá redução do IRS em 2024 se o Governo não quiser”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos sublinhou ainda que a proposta apresentada pelo PS, em matéria de IRS, resultou da iniciativa do Governo, respeitando a despesa decidida pelo executivo da AD, introduzindo apenas uma distribuição “mais justa” na poupança fiscal dos portugueses.

Em matéria de contas públicas, o líder socialista vincou, aliás, que o conjunto das medidas propostas pelo PS e aprovadas pela Assembleia da República representam um impacto orçamental inferior a 300 milhões de euros por ano, o que é cerca de um décimo do peso das diversas medidas já apresentadas pelo Governo, que custarão ao Estado português uma perda de receita anual na ordem dos 2,9 mil milões de euros.

Diálogo à esquerda

Sobre o encontro mantido com a delegação do Livre, que Pedro Nuno Santos classificou como uma “boa reunião”, o Secretário-Geral do PS enalteceu “a disponibilidade” do Partido Socialista para conversar com todas as forças à esquerda.

“Ficou claro para os dois partidos que há disponibilidade dos dois lados para continuarmos a conversar e provavelmente, ou porventura, encontrar soluções de trabalho em conjunto, nomeadamente para as eleições autárquicas, desde logo em Lisboa”, apontou.

No que se refere à principal Câmara do país, Pedro Nuno Santos afirmou que é visível um “grande descontentamento” com uma gestão, protagonizada por Carlos Moedas, que “tem falhado” aos lisboetas, considerando que há “todas as condições para construir um projeto que junte as forças progressistas” na capital, deixando uma certeza.

“Nós escolheremos os melhores candidatos, que ofereçam ao PS a garantia de serem bons presidentes de Câmara e de fazerem um bom trabalho autárquico”, concluiu o líder socialista.

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