“Nós voltamos a ter um Governo que, em pouco tempo, vai para eleições, de má memória. Faz lembrar um Governo e um antigo primeiro-ministro do PSD [Santana Lopes] que sucedeu a Durão Barroso. Eu diria que este é um Governo igual, com mais cinco meses”, apontou o líder socialista, que intervinha num almoço, em Lisboa, promovido pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
Pedro Nuno Santos referiu, na sua intervenção inicial no encontro, que este Governo da AD e este primeiro-ministro envolveram o país “em trapalhadas” para as quais os portugueses não queriam ser chamados.
“Ainda hoje, continuamos a ter notícias sobre um líder de um Governo. E isso é insustentável, insuportável e tem consequências não só naquilo que um Governo consegue fazer, mas também na economia”, notou, aludindo à notícia divulgada esta sexta-feira pelo Expresso sobre as ligações entre os clientes da empresa de Luís Montenegro e o financiamento do PSD.
“Se por alguma razão essa mudança não acontecesse no dia 18 de maio, nós iríamos continuar com uma situação de instabilidade, com um manto de suspeição e de dúvidas sobre um líder de um Governo”, acrescentou, reiterando que Portugal precisa de ultrapassar este impasse.
“Nós somos uma mudança segura que o país precisa para iniciar uma nova fase da sua vida política”, concretizou o líder socialista.