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SNS tem hoje mais 4 mil médicos e 148 mil profissionais do que em 2015

SNS tem hoje mais 4 mil médicos e 148 mil profissionais do que em 2015

A ministra da Saúde, Marta Temido, destacou no Parlamento que Portugal tem hoje mais 148 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde, entre os quais mais 4 mil médicos, comparativamente com o ano de 2015, salientando que o investimento feito pelo Governo socialista na área da saúde, de cerca de 3.200 milhões de euros, traduz um compromisso com o serviço público e com “um SNS que não deixa ninguém à porta”.

Marta Temido

A governante, que falava no Parlamento durante a interpelação ao Governo sobre Saúde, fez uma radiografia detalhada do setor, insistindo na importância de “não ceder à demagogia” e de explicar com clareza as escolhas políticas, sublinhando que quem defende a “ideia generosa” de António Arnaut para o SNS tem de continuar a dar prioridade ao modelo público.

Na sua intervenção, Marta Temido foi clara, ao enumerar as políticas de reforço do SNS que o Governo tem prosseguido ao longo dos últimos seis anos, apontando os 3.200 milhões de euros investidos no serviço público, que apresenta hoje mais 142 unidades de saúde familiar do que em 2015, assim como um saldo de mais 852 médicos de família e o recrutamento, no total, de mais 148 mil profissionais, dos quais cerca de 4 mil médicos e 11 mil enfermeiros. Um investimento que contrasta, como sublinhou, com a perda de 8.500 profissionais entre 2011 e 2015.

Lembrando que Portugal tem pela frente “tempos de grande exigência”, com o crescimento do número de novos casos diários de Covid-19, Marta Temido não deixou, também, de realçar que o SNS registou já em setembro um aumento na atividade assistencial para níveis equiparados aos pré-pandemia, frisando que, com a adesão dos profissionais de saúde ao regime extra de incentivos para recuperação da atividade, entretanto prorrogado para 2022, foi possível realizar mais 113 mil consultas e mais 55 mil cirurgias.

Quanto ao número de inscrições de utentes em listas de espera para consultas e cirurgias, a governante assinalou que está “em linha com os números de 2019”, com mais de 79% de consultas hospitalares referenciadas pelos cuidados de saúde primários e mais 70% de cirurgias que cumpriram os tempos máximos de resposta garantidos.

Já na área oncológica, completou, houve um aumento de 20 por cento de doentes operados face a 2019 e que os rastreios de base populacional no SNS também observaram uma recuperação.

A ministra disse ainda que, no futuro, com a aprovação do projeto do estatuto do SNS, ficará aberto “caminho à negociação do regime de dedicação plena”, devolvendo “autonomia na contratação aos hospitais” e dando mais autonomia às administrações regionais de saúde.

“A saúde é um setor de disputa política, mas, sobretudo, é essencial para os cidadãos, para os portugueses e portuguesas, e é para eles que trabalhamos”, concluiu.

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