Assinalando o 44º aniversário do SNS, o coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Saúde recordou “aos mais esquecidos”, num debate sobre o Serviço Nacional de Saúde, a forma como o país avançou e afirmou que se deve “agradecer por esta conquista, por esta ideia de serviço público para todos e reconhecer que a descrição de Portugal atrasado também na saúde torna ainda mais valorosa a ideia de quem acreditou num país que, nada tendo, sonhou ter e conseguiu o que tem hoje”.
É igualmente necessário recordar “como se deu corpo ao sonho construindo uma rede de centros de saúde e extensão de saúde, como construímos hospitais que não existiam, como os vestimos de equipamentos, os servimos de braços que se qualificaram para prestar cuidados”, salientou.
“Para quem nunca nada fez, tudo o que os outros fizeram é pouco”, comentou o socialista numa crítica especialmente dirigida à direita, frisando que o PS fez “chegar a saúde a todo o país”.
Em seguida, Luís Soares instou todas as bancadas a refletir: “Não será este sucesso de um serviço para todos, gratuito e dos seus resultados, desde logo o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento da população, o surgimento de novas doenças crónicas associadas ao envelhecimento os fatores que mais pesam e causam pressão e dificuldades ao SNS?”.
“Parece-nos que sim, mas é precisamente pela importância e, sobretudo, pelo evidente consenso na sociedade portuguesa sobre a importância destes princípios fundadores – da gratuitidade e da universalidade – que é preciso continuar a tomar medidas para que esta ideia de sociedade comunitária, organizada, eficaz na prestação de saúde se mantenha”, disse.
O deputado do PS defendeu que um dos “pilares virtuosos” para responder aos desafios do SNS é “uma política de aposta nos recursos humanos”, tal como tem vindo a ser feito na “valorização da carreira de enfermagem”, a “valorização dos médicos” e ainda a “criação da carreira de técnico auxiliar de saúde e a valorização contínua de outros profissionais”, com que o Governo se comprometeu até ao final do ano.
O socialista sublinhou igualmente a importância do “reforço da política de investimento que está nas ruas, nas cidades, nas aldeias do nosso país, de requalificação dos centros de saúde, de construção de novas unidades de saúde familiar, de novos hospitais, como é o caso, por exemplo, do hospital central do Alentejo”. E ainda “a forma como nos organizamos”, destacando a “generalização das unidades modelo B que permite atrair e fixar novos profissionais”.
Assim, no 44º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, o Grupo Parlamentar do PS reafirma o seu compromisso em continuar a “defender o SNS”, asseverou Luís Soares.
