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Situação no Amadora-Sintra é o retrato do que se está a passar no SNS

Situação no Amadora-Sintra é o retrato do que se está a passar no SNS

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, apontou hoje que a situação de “instabilidade” que se vive no Hospital Amadora-Sintra é “o retrato do que se está a passar em muitas áreas do SNS”, criticando a falta de resposta do Governo num setor essencial para a vida dos portugueses.

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“Não só tivemos a demissão do diretor do serviço de urgência, como temos os médicos internos a queixarem-se das condições de trabalho, o bastonário da Ordem dos Médicos a fazer um apelo desesperado à senhora ministra da Saúde e equipas que estão a funcionar com um número de pessoas abaixo do adequado”, referiu Pedro Nuno Santos, no final da visita que efetuou esta manhã ao Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, por ocasião do Dia Internacional de Luta contra o Cancro.

Alertando para a situação de “absoluta instabilidade” num hospital que serve meio de milhão de pessoas, o líder socialista lamentou que não tenha tido, até agora, uma “resposta eficaz, forte determinada do Ministério da Saúde e do Governo”.

“Mas é apenas o retrato do que se está a passar em muitas áreas do Serviço Nacional de Saúde, área com a qual nós estamos muito preocupados e que contrasta, de forma muito negativa, com as expectativas que o senhor primeiro-ministro lançou durante toda a campanha eleitoral”, acrescentou.

Trabalho “extraordinário” do IPO e dos seus profissionais

Na visita que efetuou à ala pediátrica do IPO, Pedro Nuno Santos elogiou “o trabalho extraordinário” feito no instituto e manifestou solidariedade “não só aos doentes que padecem desta doença tão dura”, mas também aos “profissionais que se dedicam diariamente” a tratá-los.

“O nosso objetivo não é fazer nenhuma crítica política ou partidária ao Governo, mas sim enaltecer trabalho daqueles que se dedicam ao combate, à luta contra o cancro e, obviamente, apelar a quem tem neste momento responsabilidades governativas para que continue a dar todo o apoio que é necessário”, pediu.

O Secretário-Geral do PS afirmou que, no caso da oncologia pediátrica, “não há mesmo plano B, porque não existe setor privado”, frisando que, por isso, é que é “tão importante cuidar da capacidade do SNS para dar resposta às necessidades dos doentes com cancro”.

Pedro Nuno Santos referiu ainda que, ainda em agosto, o Governo anunciou que “tinham terminado todos os doentes à espera para lá do tempo máximo recomendado por uma cirurgia oncológica”, apontando, contudo, que não foi preciso “passar muito tempo” para voltar a haver.

“É fundamental que se perceba que as políticas que se adotam não podem ter apenas um impacto conjuntural para o anúncio político, elas têm que ser políticas que se transformem, do ponto de vista estrutural, a saúde”, vincou, defendendo a necessidade de reforçar o investimento, o que se aplica, também, em relação ao serviço prestado pelo IPO.

“Tem sido, ao longo dos anos, um serviço de excelência no quadro do SNS e é importante que continue a ser esse serviço de excelência. Para isso, é preciso investimento”, concluiu o Secretário-Geral do PS.

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