Situação na Venezuela
Este é o momento para responder à manifestação da vontade clara dos venezuelanos e criar condições para eleições democráticas e livres repondo o funcionamento do Estado de Direito na Venezuela.
O PS apela a que o direito de manifestação livre seja respeitado e condena qualquer uso da violência e da força contra aqueles que pedem um processo democrático transparente e justo e que seja reconhecido o papel da Assembleia Nacional da Venezuela.
A comunidade internacional e a União Europeia devem apoiar o início de um processo político pacífico e livre para permitir o respeito pela Constituição da Venezuela e o normal funcionamento das suas instituições democráticas.
Governo apela à superação do impasse com eleições livres
Em nome do Governo português, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também reafirmou esta quinta-feira a necessidade de eleições livres para resolver o impasse político na Venezuela, lamentando a existência de vítimas mortais resultantes dos confrontos no país.
“Parece-nos que a profunda crise económica e social e até humanitária que se vive hoje na Venezuela só pode ser resolvida se for superado o impasse, o bloqueio político. E esse impasse político só pode ser resolvido através de eleições”, afirmou Santos Silva, no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, depois de ontem ter já apelado a seja “plenamente respeitada a vontade inequivocamente manifestada pelo povo venezuelano” para a realização de eleições “livres e justas”.
Lamentando o “número de vítimas em confrontos localizados”, que se estimam, de acordo com as fontes, entre 14 e 16, em dois dias de protestos, o responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros renovou o apelo do Governo português e da União Europeia para que não haja violência e “nenhuma espécie de repressão” sobre os manifestantes que têm protestado nas ruas da Venezuela.
Santos Silva referiu ainda que, “felizmente”, o último ponto de situação em relação à comunidade portuguesa é de que “não há registo até agora de nenhum incidente”, afirmando que a embaixada e os consulados portugueses têm reportado que a comunidade lusa no país “está naturalmente atenta”, mas “serena e tranquila”.
“Do ponto vista de Portugal, a preocupação é com a segurança da comunidade” portuguesa e lusodescendente naquele país, frisou.