Sindicalistas Socialistas e Independentes da CGTP-IN exortam ao voto no PS
O grande e principal risco é que cerca de 23% da população, aproximadamente 125 milhões de cidadãos europeus dos vinte e oito estados-membros, é pobre ou está em risco de pobreza. A pobreza, as desigualdades e a exclusão social, derivadas de uma distribuição da riqueza cada vez mais desequilibrada, em benefício do capital, são um facto demonstrado em todas as estatísticas e estudos realizados.
A atual situação foi causada pelas políticas neoliberais e de austeridade que, nos últimos anos, têm sido implementadas na Europa, principalmente por partidos da Direita, como o PSD e o CDS em Portugal.
A consequência é que a injustiça social é um facto incontornável e a sua perceção é generalizada na realidade europeia.
É desta situação social objetiva que, em muitos estados-membros, crescem ou nascem movimentos protofascistas ou neofascistas, denominados erradamente populistas. Este é o segundo risco que existe hoje na União Europeia – com as suas mensagens primárias, de carácter racista, xenófobo, protecionista e nacionalista, utilizando as novas tecnologias de comunicação, estes movimentos têm capitalizado as angústias e o mal-estar de uma parte relevante das populações europeias.
Este risco existe porque, nesses países, as políticas (económicas, financeiras, sociais, ambientais e regionais) progressistas, de prosperidade repartida e de inclusão deixaram de ser realizadas e foram substituídas por políticas neoliberais e de austeridade.
Nos países em que a governação foi progressista, mesmo limitada e com contradições, tendencialmente, os movimentos protofascistas ou neofascistas têm pouca ou nenhuma expressão popular.
Portugal, desde 2015, é o melhor exemplo desta constatação.
Com o Governo PS, devidamente sustentado na Assembleia da República pelos outros partidos da Esquerda, foi parada e superada a política de austeridade que o PSD e o CDS implementaram em Portugal durante cerca de cinco anos e que provocou desemprego, pobreza e retrocesso social.
As atuais políticas do Governo PS produziram o crescimento dos rendimentos (salários e pensões) e a recuperação de direitos sociais, a criação de novos direitos sociais, a descida do desemprego e o crescimento do PIB. Se ainda falta muito “caminho para caminhar”, a verdade é que este é “o caminho” que é necessário continuar a trilhar!
O Governo PS e o primeiro-ministro António Costa provaram, em Portugal, que existe um outro caminho para a Europa que não o da austeridade, da pobreza, da exclusão e das desigualdades!
Nas próximas eleições europeias, votar PS é:
- Validar a estratégia política e as políticas públicas progressistas que têm sido realizadas em Portugal pelo Governo PS;
- Consolidar o caminho que tem sido trilhado e projetá-lo para o futuro – para o reforçar e, naturalmente, realizar o que, até agora, ainda não foi possível solucionar;
- Afirmar que, no mundo global em que vivemos e para enfrentar e vencer os profundos desafios que coloca, o projeto europeu continua válido e cada vez é mais necessário – mas tem de ser sustentado na prosperidade para todos, na justiça social, na democracia, num novo contrato social e no respeito pela igualdade entre os estados-membros, marcas europeias distintivas e indeléveis, conforme a História demonstra até à saciedade;
- Atribuir força política ao PS para que defenda, na União Europeia, esta estratégia – as políticas europeias têm de a assumir, abandonando as atuais políticas neoliberais e de austeridade;
- Garantir que é com esta estratégia, que mobiliza a cidadania porque é a única que produz crescimento económico, distribuição da riqueza, progresso social, coesão regional e sustentabilidade ambiental, que se reerguerá de novo o sentimento pró-europeu e se combaterão e vencerão as forças protofascistas ou neofascistas que ensombram a nossa sociedade democrática.
É neste quadro, complexo, mas altamente motivante para os/as sindicalistas, representando todos os sectores e profissões e todos os homens e mulheres, enquanto cidadãos interventivos, democratas, progressistas e de Esquerda, que os sindicalistas Socialistas e Independentes da CGTP-IN exortam os trabalhadores a votar no PS.
Não temos dúvidas: o PS demonstrou qual é a melhor estratégia e quais são as políticas públicas mais adequadas para o atual momento político que vivemos – para as prosseguir e aprofundar em Portugal e ultrapassar as atuais e profundas dificuldades da construção europeia, é fundamental que a União Europeia mude de caminho.
Dia 26 de maio, vamos tod@s votar na lista PS, encabeçada por Pedro Marques, para continuarmos o combate para melhorar a nossa vida, na Europa e por Portugal.
Lisboa, 20 de Maio de 2019
A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN