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Setores a reabrir de forma faseada definidos na quinta-feira

Setores a reabrir de forma faseada definidos na quinta-feira

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o calendário dos setores da economia que vão retomar a atividade no dia 4 de maio e, de forma faseada, nas quinzenas seguintes serão definidos no Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, dia 30 de abril.
Setores a reabrir de forma faseada definidos na quinta-feira

Falando em Paços de Ferreira, no distrito do Porto, onde visitou uma empresa de confeções que está a produzir cerca de 100 mil máscaras por dia, o chefe do Governo informou que, antes do conselho de ministros, haverá a habitual reunião no INFARMED, onde os responsáveis científicos da Direção-Geral da Saúde falarão da evolução da pandemia.

“Isso é fundamental para sabermos qual o calendário e que medidas adotar para ir melhorando o nível de desconfinamento”, indicou.

Ainda antes da reunião do Governo de quinta-feira, António Costa irá auscultar, na quarta-feira, os parceiros sociais e os partidos com assento parlamentar.

O primeiro-ministro indicou ser intenção do Governo, na próxima quinta-feira, “fixar o calendário para o que pode abrir a 4 e a 18 de maio e a 1 de junho” e, no final de maio, “voltar a fazer uma avaliação em relação ao conjunto de outras atividades”.

“Todas as semanas iremos avaliando, para ver se o passo que demos não foi maior que a perna e se podemos continuar a avançar com confiança e segurança neste processo”, reforçou.

António Costa reafirmou que o país tem de conseguir retomar a atividade económica “de forma gradual e progressiva”, referindo que o Governo está a ver com cada setor de atividade “quais são as normas de higiene no local de trabalho, de higienização no transporte para o local de trabalho e de proteção individual de cada um dos trabalhadores, que permitam à economia retomar o maior ritmo da sua atividade”.

“Para não corrermos riscos é que nós iremos adotar medidas de desconfinamento de 15 em 15 dias, para tomar uma medida, medir o seu impacto, fazer a avaliação e ver se estamos em condições de dar o passo seguinte”, concluiu.

Regras são para manter

António Costa sublinhou, também, que a necessidade de afastamento social é uma regra para manter, mesmo quando terminar o período do estado de emergência.

“Aquilo que nós sabemos é que é nosso dever ter estas normas de afastamento uns dos outros, usar as máscaras quando estamos em proximidade, porque isso é um risco”, acentuou.

O primeiro-ministro salientou que, acima de tudo, confia “nas pessoas e no comportamento exemplar”, prosseguindo: “as “pessoas têm bem a consciência de que, se estão contaminadas, se estão doentes ou sob vigilância, o seu dever, haja estado de emergência ou não haja estado de emergência, é estarem isoladas”.

“Acho que o consenso que existe é que podemos, neste momento, descer um nível, sendo que normalidade plena da nossa vida só voltará a existir quando houver vacina, e isso não acontecerá em menos de um ano ou ano e meio”, fez questão de frisar, deixando um alerta.

“Se as coisas começarem a correr mal, nós temos que dar um passo atrás. Daremos sempre os passos que forem necessários para proteger a segurança. Esperamos que sejam para a frente, mas se tiverem de ser para trás, assim serão”, assegurou.

António Costa voltou a lembrar que, conforme as medidas de desconfinamento forem existindo, “o risco de contaminação aumenta automaticamente” e que, por isso, se deve “manter sempre esse risco de contaminação controlado”, insistindo na necessidade de os portugueses manterem a “autodisciplina” no contexto de desconfinamento que se vai seguir.

“Isto só vai correr bem se as pessoas se sentirem seguras, se tiverem confiança e a disciplina de ajudarem os outros a sentir-se seguros”, acentuou, apontando que o processo de reabertura gradual nunca poderá “pôr em causa aquilo que é fundamental, que é o controlo da pandemia”.

“A fase seguinte é podermos aprender como vamos retomando a nossa vida do dia a dia, passando a conviver, até haver vacina, com o vírus”, disse.