“Seria uma responsabilidade muito negativa” da esquerda não viabilizar a Lei de Bases da Saúde
Falando à saída da audiência em Belém, em que esteve acompanhado pelas deputadas Ana Catarina Mendes, Secretária-geral adjunta do PS, e Maria Antónia Almeida Santos, porta-voz socialista, Carlos César considerou hoje que a legislatura que agora finda foi um momento “rejuvenescedor” da política portuguesa, “marcado pela retoma de um clima de confiança”.
O líder da delegação socialista revelou, ainda, que a Lei de Bases da Saúde, que será votada esta semana, tem condições para ser viabilizada por todos os partidos, afirmando não crer que a esquerda parlamentar queira ficar com a responsabilidade de não aprovar uma lei que considera melhor do que a que está atualmente em vigor.
“A Lei de Bases da Saúde tem todas as condições para merecer um voto do PCP, para merecer um voto do Bloco de Esquerda, porque é, como disse, uma lei melhor do que a anterior”, afirmou o líder parlamentar socialista, sublinhando que se tal não sucedesse, “seria uma responsabilidade muito negativa”.
Segundo Carlos César, o PS quer aprovar uma lei que “atende a conceitos que devem ser caros aos partidos à esquerda, e até ao próprio PSD”, mas, sobretudo, com “uma acentuação de princípios fundamentais que são caros aos partidos da esquerda em geral”, reforçou, deixando um desafio aos partidos com assento parlamentar.
“O BE, o PCP, o PEV, até o próprio PSD, devem pensar que é importante termos uma lei melhor do que a lei anterior”, sublinhou.