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“Seria bom que a Sra. Merkel não destruísse o projeto europeu”

“Seria bom que a Sra. Merkel não destruísse o projeto europeu”

António José Seguro apontou o dedo à Alemanha, acusando o país de não estar a fazer tudo ao seu alcance para resolver a crise instalada na Europa.

 

Em entrevista à agência Reuters, o líder do PS afirmou que “seria bom que a Sra. Merkel não destruísse o projeto europeu”. Criticou a insistência que a Alemanha tem mantido em aplicar austeridade na Zona Euro, sem antes tentar resolver as dificuldades, como os níveis altos de desemprego, que afetam a região.

“Esta receita de austeridade a qualquer preço não está a resolver nada”, defendeu, mais uma vez, o secretário-geral do partido que tem insistido nesta ideia.

A emissão de obrigações europeias da Zona Euro e a alteração dos estatutos do Banco Central Europeu, de forma a ceder empréstimos diretos aos países em dificuldades, são duas medidas que Seguro vê como possíveis resoluções da crise económica.

Mais uma vez, António José Seguro afirmou que Portugal necessita de mais um ano para reduzir o défice orçamental, com o fim de cumprir os acordos com os parceiros: “Estou a defender que Portugal precisa de, pelo menos, mais um ano para empreender uma consolidação saudável e inteligente das suas contas públicas. É evidente que os portugueses não podem assumir mais medidas, nem as famílias nem as empresas”.

Se fosse primeiro-ministro, Seguro também aplicaria medidas de austeridade, “mas não com a força e o ritmo que têm sido aplicadas em Portugal”. Garantiu que a política que o Executivo de Passos Coelho tem que seguir tem que dar prioridade ao emprego e ao crescimento, “e reconciliá-lo com a disciplina orçamental”.

O secretário-geral do maior partido de oposição acredita que Portugal não necessitará de mais um resgate, tal como aconteceu com a Grécia.