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Sentido de responsabilidade e de Estado do PS obriga-o a exigir um país com transparência

Sentido de responsabilidade e de Estado do PS obriga-o a exigir um país com transparência

Na liderança de uma oposição séria e responsável, o Partido Socialista tem pugnado pela manutenção da estabilidade no país, mas Pedro Nuno Santos avisa que essa estabilidade não pode ser mantida a qualquer preço e que o PS não dará votos de confiança a um Governo “incompetente”, nem a um primeiro-ministro que arrasta Portugal para a lama.

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Na apresentação da candidatura da socialista Alexandra Leitão à Câmara Municipal de Lisboa, sábado passado, no Pavilhão Carlos Lopes, o Secretário-Geral do PS acusou o executivo PSD/CDS-PP de ser “incompetente”, deixando claro que “nunca poderá ter a confiança” dos socialistas.

“Eu não precisava de falar dos últimos quinze dias para ser claro para todos nós que um governo sem visão, incompetente e que governa para a minoria nunca terá a confiança do Partido Socialista”, afirmou à entrada do recinto, assinalando que o PS “é um partido sério” e que “contribuiu no último ano para a estabilidade como mais ninguém em Portugal”.

Deplorando que o presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, tenha optado por “arrastar o seu partido, o Governo e o país para a lama”, o líder socialista explicou que o sentido de responsabilidade e de Estado do PS obriga-o a exigir “um país com transparência, onde os políticos assumem o que fazem perante o seu povo”.

“Nós não somos causadores de instabilidade, não fomos nós que causamos instabilidade”, pontualizou, lembrando que depois da “distribuição do excedente que herdou dos governos socialistas”, não restou nada ao executivo liderado por Montenegro.

“Temos um governo e um primeiro-ministro sem visão, sem desígnio, sem propósito, incapaz de nos mobilizar, incapaz de nos entusiasmar. E essa é a primeira falha deste governo”, atirou, alertando para o facto de o atual executivo estar “perdido nos seus casos e nos seus problemas”.

O Secretário-Geral socialista acusou ainda a equipa liderada por Montenegro de governar “para uma minoria da população”.

“Mas esse foi sempre o projeto da direita, foi sempre esse o projeto do PSD. Invocam e falam da classe média para, na hora da verdade, governarem para quem sempre quiseram governar, para uma minoria da população”, vincou.

Depois, Pedro Nuno Santos considerou que o primeiro-ministro “só pode mesmo queixar-se de si próprio e não dos portugueses, nem dos partidos políticos”.

“Tem de se deixar de vitimizar, assumir as responsabilidades, porque aquilo que nós precisamos é de um primeiro-ministro com coragem, com frontalidade, com transparência e não de alguém que se esconda sempre atrás dos outros, que responsabiliza toda a gente e revela ainda não ter percebido que nós infelizmente estamos nesta situação por causa dele e de mais ninguém”, reforçou.

Questionado se também não vê alternativa a eleições antecipadas, o líder do PS acusou Luís Montenegro de fugir “do apuramento da verdade, como o diabo foge da cruz”.

“E, portanto, tudo vale para evitar o inquérito, nomeadamente a Comissão Parlamentar de Inquérito e o esclarecimento”, salientou, insistindo em que “já não basta dar respostas” porque “agora é preciso conseguir convencer todos de que não tivemos um primeiro-ministro avençado durante quase um ano”.

Construir uma Lisboa mais justa e acessível

Num discurso em que analisou a situação do país e de Lisboa, Pedro Nuno Santos elogiou as qualidades de Alexandra Leitão, destacando que “é mulher, é mãe, é professora, é política, é líder parlamentar” e agora é também candidata autárquica à capital.

“Celebrar as mulheres não é fazer proclamações, é concretizar, é ter mulheres a liderar, a liderar a bancada parlamentar, a liderar a candidatura ao Parlamento Europeu, a liderar a candidatura a Lisboa, Coimbra e a Bragança. Aqui as mulheres lideram”, sustentou, numa apresentação que coincidiu com o Dia Internacional da Mulher.

Na ocasião, o líder socialista considerou que “a incompetência tem marcado a gestão autárquica” em Lisboa, responsabilizando o atual presidente Carlos Moedas (PSD) por, “de forma cínica, contribuir ativamente para que os filhos da classe média abandonem a cidade, porque acha que é melhor para os resultados da direita” na capital.

Na apresentação da candidatura de Alexandra Leitão, com o slogan “Lisboa Decidida”, Pedro Nuno Santos lamentou que a capital do país esteja atualmente “paralisada e sem rumo”, defendendo que uma nova ambição para a cidade estará assegurada com uma gestão autárquica liderada por Alexandra Leitão, “que tem coragem para defender a sua cidade, o seu povo, os lisboetas”.

“A Alexandra é a presidente que a cidade precisa: tem provas dadas, capacidade de concretizar e coragem para construir uma Lisboa mais justa e acessível”, sustentou, sem poupar críticas ao adversário Moedas, que descreveu como um presidente Calimero, “que se queixa de tudo e de todos, mas não resolve coisa nenhuma”.

“Um presidente que não está, nem nunca esteve, comprometido com Lisboa, está só à espera de que o seu líder caia na expectativa de sair daqui rapidamente”, rematou.

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