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Seguro: "Trabalhar para devolver a esperança a Portugal, não da palavra fácil, mas uma …

Seguro: "Trabalhar para devolver a esperança a Portugal, não da palavra fácil, mas uma …

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse esta noite que “o caminho que os portugueses têm pela frente é difícil”, admitindo, por isso, não poder “prometer facilidades”.

“Nunca prometerei na oposição qualquer coisa que não possa fazer quando for primeiro-ministro”, afirmou, discursando no jantar de Natal do PS de Baião.

Seguro prometeu “trabalhar para devolver a esperança a Portugal, não da palavra fácil, mas uma esperança lúcida”.

“É esse o compromisso que devo aos portugueses”, insistiu, acrescentando: “No momento em que tanta gente já desespera e desconfia da política e já não acredita, é a altura de nós reafirmámos o compromisso que é possível uma nova esperança, com rigor e ambição, em nome da dignidade do povo português”.

Falando perante mais de 800 militantes  o líder socialista disse “ser inaceitável que o primeiro-ministro continue alheado da realidade do país e dos sacrifícios que milhares de portugueses estão a fazer”.

“Esta política tem que mudar. O primeiro-ministro tem de perceber que o caminho do empobrecimento tem consequências catastróficas”, acrescentou.

António José Seguro reafirmou que há “cada vez mais vozes” a exigir uma negociação mais eficaz com a Europa sobre o programa de assistência financeira.

“Até o Presidente da República e o parceiro da coligação defendem isso”, sublinhou, garantindo haver um “consenso nacional” sobre a matéria, ao qual só não adere Pedro Passos Coelho, acusado hoje de “passividade na Europa” pelo líder do PS.

“Temos um primeiro-ministro isolado em Portugal e distante da realidade dos portugueses”, acentuou.

António José Seguro criticou também o Orçamento do Estado para 2013, por insistir “na receita da austeridade, do custe o que custar”.

“É um orçamento que traz o maior aumento de impostos da nossa história, de 30 por cento no rendimento de todos os portugueses”, reafirmou.

Retomando as críticas à reforma do poder local, que vai extinguir mais de 1.000 freguesias no país, Seguro acusou o Governo de “incoerência”.

O secretário-geral do PS lembrou que na próxima semana vai ser apresenta pela maioria, na Assembleia da República, uma proposta legislativa que prevê “a criação de 90 cargos políticos nas comunidades intermunicipais, com salários superiores a 3.000 euros”.