Seguro quer reunião urgente de líderes socialistas europeus
O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro escreveu ao presidente interino do Partido Socialista Europeu (PSE), Sergei Stanishev, e a alguns dos principais líderes socialistas, sociais-democratas e progressistas europeus, designadamente do partido social-democrata checo, Bohuslav Sobotka e ao grego George Papandreou, do PASOK, sugerindo uma reunião urgente de todos os líderes da esquerda democrática europeia, tal como já tinha feito anteriormente em telefonemas para Alfredo Rubalcaba, líder do espanhol PSOE, e para o presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz.
Seguro pretende que o grupo debata os desafios que atualmente se colocam à União Europeia, sugerindo que o encontro previsto para junho seja antecipado para a semana anterior à reunião do Conselho Europeu marcada para 1 de março.
Na missiva, e entre outros aspetos, António José Seguro lembra que este Conselho Europeu marcará uma fronteira “determinante para o futuro de gerações de muitos, se não de todos, os nossos países”, sublinhando a sua convicção de que um encontro de líderes dos partidos socialistas, sociais-democratas e progressistas assume, nesta perspetiva, um carácter de absoluta necessidade e urgência.
Depois de dar conhecimento a todos dos contatos estabelecidos com os restantes, o secretário-geral do PS pediu a Stanishev para levar seriamente em atenção a sua sugestão “mesmo que não seja possível reunir todos os líderes, pelo menos que compareçam os dos países da zona euro”.
Para João Ribeiro, secretário nacional do PS, para além de terem que se encontrar nesta reunião os necessários consensos sobre o equilíbrio da zona euro, problemática que “terá também que fazer-se pela aplicação na Europa dos excedentes de países como a Alemanha e a Holanda”, a reunião deverá ainda abordar temas como o crescimento económico e o emprego na zona euro, passando pela criação de uma agência de rating europeia, emissão de dívida conjunta através de euro-obrigações, não só para a compra da dívida, como para o financiamento de projetos europeus, o imposto europeu sobre transações financeiras e a harmonização fiscal.
Recorde-se que António José Seguro, poucos dias após ter sido eleito secretário-geral do PS tinha tido uma iniciativa semelhante com uma primeira carta, pedindo maior sinergia na ação do grupo socialista e social-democrata europeu, o que veio a despoletar a marcação de uma reunião para junho que agora o líder do PS pretende antecipar para a semana que antecede o Conselho Europeu de 1 de março.