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Seguro: “Precisávamos de um outro primeiro-ministro”

Seguro: “Precisávamos de um outro primeiro-ministro”

António José Seguro considerou que o Governo “fala a duas vozes” sobre o programa de assistência financeira, apontando óbvias divergências entre Passos Coelho e Paulo Portas.

O secretário-geral do PS defendeu que as palavras do primeiro-ministro diferem das palavras preconizadas pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: “O que o país precisa é de ter um Governo que fale a uma voz e não a duas vozes em relação a uma matéria tão importante”.

“Precisávamos de um outro primeiro-ministro aí sentado que tivesse voz firme na Europa para defender os interesses do país. O senhor não tem sabido defender os interesses de Portugal na Europa”, assegurou, acusando Pedro Passos Coelho de estar “perdido”.

António José Seguro contrariou a tese de que foi por pressão do atual Governo que Portugal beneficiou de uma redução no pagamento, contrapondo que essa medida resultou de uma negociação (por iniciativa grega) e que entrou em vigor em junho de 2011, “poucos dias depois de o senhor primeiro-ministro ter tomado posse”.

“O que o país tem beneficiado não é por sua iniciativa. O senhor primeiro-ministro vai atrás dos outros”, sustentou.

O líder socialista acusou, também, o primeiro-ministro de ter divulgado dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos à evolução das exportações em Portugal antes de serem oficialmente divulgados.

“Uma coisa é ter conhecimento prévio e outra coisa é utilizar essa informação em pé de desigualdade face a todos os deputados. Isso ficará registado e revela bem o seu sentido de Estado”, argumentou.