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Seguro: Portugal deve mudar para uma estratégia de crescimento

Seguro: Portugal deve mudar para uma estratégia de crescimento

António José Seguro considera que “Portugal terá futuro se colocar como prioridade a nossa economia”, porque “um país que aposta em qualquer outra opção que não seja gerar riqueza não consegue resolver os seus problemas.

O secretário-geral do PS, que falava no Centro de Congressos de Lisboa no âmbito da conferência “Fórum para a Competitividade”, sublinhou que “há ano e meio” que sustenta que a atual política de austeridade do Governo “falhou”, porque a prioridade “deve ser colocada do lado da economia e do emprego, conciliando com rigor e disciplina orçamental”.

“O diagnóstico não resolve o problema. De diagnósticos está o inferno cheio. Precisamos de conseguir, a partir de um diagnóstico realista, debater estratégias alternativas em relação à que tem vindo a ser executada no nosso país”, assegurou.

Segundo o líder socialista, Portugal “deve mudar de uma estratégia da austeridade para uma de crescimento, assente em quatro pontos fundamentais”, sendo o primeiro o da criação de “um ambiente amigo para o crescimento”.

“Em segundo lugar, deve haver uma estratégia nacional para o desenvolvimento sustentável do país, em terceiro lugar deve existir rigor e disciplina nas contas públicas e, finalmente, Portugal deve ter um Governo com pensamento europeu”, sustentou.

António José Seguro afirmou, ainda, que Portugal precisa de ter uma redução de custos ao nível do serviço da dívida, defendendo que em 2013 o país pagará 7,2 mil milhões, e que o Banco Central Europeu deve financiar diretamente os Estados-membros.

Considerou, também, essencial uma recapitalização das pequenas e médias empresas, a criação de um banco de fomento, uma diminuição dos custos da energia e um maior apoio ao financiamento das universidades.

“O nosso problema não é o défice orçamental, não é o défice externo ou a dívida pública. Esses problemas são consequência de uma causa maior: Um país que cresce pouco e que neste momento nem sequer cresce”, concluiu.