Seguro: «O sofrimento tem limites»
O líder do Partido Socialista disse hoje em Coimbra que “o sofrimento tem limites” e que “o país precisa de austeridade, mas não precisa de tanta austeridade”.
“Há muitos portugueses que estão a sofrer porque a dose aplicada por este governo é uma dose exagerada”, disse Seguro depois de ter encerrado, no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra, o fórum ‘SNS com Futuro’, com que terminou a ‘Semana em Defesa da Saúde’.
Portugal “precisa de austeridade, mas não precisa de tanta austeridade e esta austeridade conduz a um aumento do desemprego e a uma quebra contínua da nossa economia”, sustentou.
Sobre a quantidade de óbitos registados em Portugal nos últimos tempos, António José Seguro disse que o PS “está atento aos dados e ao que dizem os especialistas”, considerando que os “vírus tradicionais nesta altura do ano podem não ser a única causa que explica um número tão elevado de mortes”.
“Sou muito cuidadoso e não tenho posições definitivas em relação a esta matéria”, sublinhou Seguro, rejeitando encarar o assunto com “alarmismo”.
Questionado sobre as declarações do ministro da Economia, ontem, ao semanário Expresso, o secretário-geral do PS disse que ainda não tinha lido a entrevista, adiantando que “o país precisa mais de medidas em prol da economia e menos de entrevistas”.
O PS “decide o seu voto no momento adequado” e não “em função dos desejos dos outros líderes partidários”, afirmou com firmeza António José Seguro.