Seguro: "O próximo governo do PS colocará o emprego no coração das suas políticas"
O secretário-geral do PS afirmou hoje que a celebração de um “pacto para o emprego” até 2020 será a prioridade de um futuro Governo socialista, tendo como um dos objetivos a redução para metade do desemprego jovem.
António José Seguro enunciou esta medida no seu discurso de abertura do XIX Congresso Nacional do PS, em Santa Maria da Feira, no ponto em que disse que um executivo socialista adotará “um novo rumo” assente em três pilares: “um novo desenvolvimento; uma nova Europa e um novo compromisso com o contrato social.”
“O novo rumo tem uma prioridade: emprego, emprego, emprego”, acentuou.
De acordo com o líder socialista, o pacto para o emprego deverá unir todas as forças políticas e todos os parceiros sociais, concretizando “um novo acordo de concertação social de médio prazo em torno de políticas orientadas para o emprego e de medidas de combate à precariedade e à pobreza”.
“Um pacto que mobilize os portugueses em torno de dois objetivos para 2020: Aumentar a taxa de emprego nacional para mais de 70 por cento (da população ativa 20-64 anos e reduzir o desemprego jovem para metade. O próximo governo do PS colocará o emprego no coração das suas políticas”, prometeu António José Seguro.
No que respeita ao modelo de desenvolvimento, Seguro defendeu uma “aposta forte na economia do conhecimento, tecnológica e verde”.
“Este é o caminho para ganhar eficiência, para reduzir as nossas dependências externas e para fortalecer a presença internacional das nossas empresas”, disse.
Na sua intervenção, no capítulo que dedicou às ideias para um futuro executivo socialista, o secretário-geral do PS falou num “novo compromisso com o contrato social”, no qual se exige “uma regulação forte, independente, transparente, que promova uma concorrência justa e proteja os direitos dos consumidores e dos cidadãos”.
“O novo compromisso defende uma política fiscal mais equitativa, progressiva, transparente e inovadora. Um combate sem tréguas à fraude e à evasão fiscal. Uma reforma global que dê estabilidade ao sistema fiscal, tão necessária para atrair o investimento privado, nacional e estrangeiro. Uma reforma fiscal amiga da recapitalização das empresas e da criação de emprego”, disse.
Neste ponto, Seguro sustentou que Portugal tem de possuir “uma fronteira nítida entre público e privado, a começar pela área da saúde, que é aquela que mais afeta a vida das pessoas”.
António José Seguro fez ainda referência a Francisco Assis, que defrontou no congresso de há dois anos, e a António Costa, na parte final do seu discurso de abertura do XIX Congresso Nacional do PS.
“Conto com o Francisco Assis, a quem envio um abraço amigo. Como sabem, no último congresso, fomos adversários leais. Desde então, em particular nos momentos mais difíceis, senti-te sempre ao meu lado. Uma atitude que não esquecerei”, disse.
Para Seguro, também por ação de Costa e Assis, o PS está mais unido e em melhores condições de reafirmar “o compromisso para melhor servir o nosso país”.
“Convosco, António e Francisco, o PS não fica apenas mais unido, fica mais forte”, disse, recebendo uma salva de palmas.
“Permitam-me que envie um bem hajam pelo trabalho realizado a todos os presidentes de câmara que, por lei, não podem candidatar-se e por orientação política do PS, em conjunto, decidimos não recandidatar a outros concelhos. Continuamos a contar convosco e com o vosso contributo”, declarou António José Seguro.