home

Seguro: O país precisa de "soluções concretas"

Seguro: O país precisa de "soluções concretas"

António José Seguro disse hoje não conhecer qualquer país no mundo que “fosse capaz de sair da crise empobrecendo” e defendeu que, para o país criar riqueza, os empresários devem ter mais apoio.

“Não conheço nenhum país no mundo que fosse capaz de sair de qualquer crise empobrecendo” ou que “conseguisse resolver os seus problemas tendo 40% dos seus jovens desempregados” e “dizendo à geração mais qualificada que o caminho é a emigração”, argumentou António José Seguro.

Pelo contrário, “só criando riqueza” é que as pessoas “podem pagar ou gerir as suas dívidas, reduzir o défice” e “criar postos de trabalho”, disse Seguro em Vila Viçosa, no distrito de Évora, no encerramento de um fórum subordinado ao tema “O Interior do país e a Vida das pessoas: os jovens empreendedores”.

Antes desta cerimónia, em que escutou os relatos de três jovens alentejanos que se formaram e optaram por viver e trabalhar na região, o secretário-geral do PS visitou uma pedreira de extração de mármore no mesmo concelho, em que ouviu queixas dos empresários do setor.

E, dirigindo críticas ao caminho seguido pelo Governo, o líder socialista defendeu que a prioridade tem que ser dada ao crescimento económico e à economia.

“Desde que assumi a liderança do PS que disse que tinha consciência da situação em que o país está, que o caminho era estreito, mas que era um disparate seguir pela ‘política da austeridade custe o que custar'”, lembrou.

O país precisa de “soluções concretas”, nomeadamente de apoio aos empresários, tanto dos mármores, devido ao aumento dos custos energéticos e às dificuldades de acesso ao crédito, como dos outros setores da economia nacional.

E, no caso dos mármores, Seguro deixou uma proposta “em cima da mesa”, dirigida à banca, para que garanta o financiamento de “encomendas firmes”.

“Quando um empresário tem uma encomenda firme, que sabe que vai ter que entregar passados três meses e receber passados seis, porque é que o banco não o há de financiar diretamente, sabendo que vai recuperar esse dinheiro ao fim desses seis meses”, questionou, em jeito de desafio.

Os bancos, sublinhou, “vão financiar-se ao Banco Central Europeu (BCE) a 1%, mas, depois, esse dinheiro não chega à economia. Deixo aqui esta ideia e um apelo: Que uma parte do dinheiro chegue à economia”.

Os empresários portugueses, frisou, “não querem subsídios”. O que querem é “continuar a trabalhar” e, para tal, “precisam é de acesso ao crédito, de financiamento da sua atividade”.

“O que dói é que os empresários têm clientes e podem produzir, aumentar a riqueza nacional, manter emprego, mas têm dificuldades de financiamento. Ora, se houver esse financiamento, isso significa que é bom para a economia e é bom para o país”.

https://youtube.com/watch?v=qvguC3uaKiU