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Seguro: “O país precisa de estar unido para sair da crise”

Seguro: “O país precisa de estar unido para sair da crise”

António José Seguro redigiu um artigo de opinião no jornal Público intitulado “Oportunidade teimosamente perdida”.

O secretário-geral do PS começa por descrever a realidade que assola o país: “O desemprego continua a crescer e a destruir a esperança de milhares de famílias portuguesas (…). São já centenas de milhares os portugueses que estão desprotegidos, sem qualquer apoio social. O número de jovens que lutam por uma vida melhor fora do seu país e longe das suas famílias não para de crescer”.

Porém, “esta é uma realidade que passa ao lado do primeiro-ministro”. “Nos centros de decisão europeus, Passos Coelho remete-se ao silêncio. Em Portugal não ouve os portugueses”, acrescenta.

Segundo António José Seguro, “Portugal precisa de mais tempo para consolidar as contas públicas”, “precisa de beneficiar de juros mais baixos sobre o empréstimo decorrente do Programa de Assistência Económica e Financeira”, “precisa que o Banco Central Europeu prossiga e reforce a sua intervenção por forma a baixar os juros”, “precisa de ter voz na Europa”, acrescentando que “as políticas de austeridade têm um limite que não pode ser ultrapassado, sob pena de rutura da coesão social do país; a consolidação das contas públicas deve ser acompanhada de uma prioridade política centrada no crescimento económico e na criação de emprego”.

O líder socialista reitera que “hoje, Pedro Passos Coelho, ao receber a chancelarina alemã, perde uma excelente oportunidade de lhe transmitir que Portugal está coeso e com forte determinação em cumprir os seus objetivos, mas que, para isso, precisa de políticas de crescimento e não da austeridade do custe o que custar”. “Era esta a mensagem que o primeiro-ministro de Portugal devia transmitir. Só não o faz por culpa própria. Por teimosia e total insensibilidade social”, acusa.

António José Seguro considera, por fim, que “um primeiro-ministro de Portugal deve chegar ao fim do seu mandato e ser capaz de dizer: ‘Não me calei, nunca baixei os braços e fui a voz dos portugueses’”, algo que está “mesmo muito longe” de ter sido feito por Pedro Passos Coelho.

 

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