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Seguro – «Não basta mudar de discurso para país sair da espiral recessiva»

Seguro – «Não basta mudar de discurso para país sair da espiral recessiva»

O secretário-geral do PS advertiu hoje o Governo que não basta mudar o discurso sobre emprego e crescimento, considerando que se exigem medidas de financiamento da economia para o país sair da “espiral de recessão”.

António José Seguro, que falava no final de uma visita à Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional, afirmou que “não temos varinhas mágicas para resolver o problema do desemprego, mas sabemos que se criam postos de trabalho se a economia crescer, se o país criar riqueza e não como está a acontecer atualmente com o país a empobrecer”.

O líder do PS defendeu que “os desempregados precisam de respostas concretas. Há cerca de um ano que venho insistindo que são necessárias medidas para ajudar a financiar as pequenas e médias empresas, porque são elas que podem criar postos de trabalho”.

Seguro aconselhou o Executivo a dar ao fenómeno do desemprego “respostas mais concretas e articuladas”.

“Em solicitação a uma iniciativa da União Europeia, este Governo criou o programa ´Estímulo 2012', que está direcionado para os jovens, mas o índice de execução desse programa é extremamente baixo, está mal desenhado e mal configurado. Precisamos de vários instrumentos a agirem ao mesmo tempo, mas nenhum deles substitui o caráter essencial de termos uma economia a crescer – e para isso é necessário financiar as nossas empresas – e sair desta espiral de recessão em que a receita deste Governo nos envolveu”, sustentou o secretário-geral do PS.

António José Seguro manifestou-se, também, apreensivo com a evolução do desemprego jovem: “Se compararmos os dados de maio do ano passado com os do mês homólogo deste ano, verifica-se que a composição da natureza dos desempregados aponta para um acréscimo do número de cidadãos sem emprego e com boas qualificações. Isto significa que o país andou muitos anos a investir na qualificação dos seus jovens, dos seus trabalhadores e neste momento estão completamente inativos, sem oportunidades para se realizarem profissionalmente”.