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Seguro lamenta o unilateralismo do Governo e apela ao reforço do diálogo social e institucional

Seguro lamenta o unilateralismo do Governo e apela ao reforço do diálogo social e institucional

IMG_9389António José Seguro apelou hoje ao reforço do diálogo social e institucional sobre as soluções para o país no combate à crise e lamentou o “unilateralismo” do Governo em matéria de política orçamental.

As posições do lider do PS foram assumidas no final de um encontro de hora e meia com o secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, que se seguiu a uma outra reunião, ao início da manhã, com a direção da UGT.

“Consideramos que o diálogo político e social é indispensável nas democracias modernas, particularmente em momentos de crise. Através do diálogo político e social, os países inteligentes conseguem encontrar muitas formas para enfrentar os desafios que são comuns”, advertiu.

Seguro considerou normal a existência de pontos de vista distintos em relação a soluções, mas advertiu que o debate “enriquece e valoriza o diálogo”.

“Nos últimos meses, o PS tem exercido um papel para estimular o diálogo institucional, político e social, porque isso pode ajudar a reforçar agendas comuns que possam enfrentar com êxito os desafios que Portugal tem pela frente. É conhecida a situação que decorre da adoção de políticas de austeridade, da própria proposta [do Governo] de Orçamento do Estado para o próximo ano e é muito importante que a cada momento se afirme a necessidade de se olhar para os portugueses que vivem em situação mais difícil, que estão desempregados, jovens que têm dificuldade em encontrar um posto de trabalho e pessoas que vivem com pensões e salários baixos”, observou o secretário-geral do PS.

Depois, António José Seguro deixou críticas diretas à conduta política do atual Governo.”Desejava que o diálogo político, social e institucional, neste momento em concreto, fosse maior, melhor e que envolvesse todos os parceiros políticos e sociais, porque o país só teria a ganhar. Tudo o que sejam iniciativas unilaterais, por mais legitimadas que estejam, não contribuem para o objetivo essencial que é o de mobilizar os portugueses”, sustentou.

Neste contexto, o lider do PS lamentou ainda que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “tenha escolhido argumentos para justificar as suas opções orçamentais que pretendem colocar trabalhadores portugueses contra trabalhadores, trabalhadores do privado e trabalhadores do público”.

“É altura de se perceber que o diálogo pode e deve ajudar a criar condições de coesão na sociedade portuguesa e que os sacrifícios devem ser repartidos de forma justa por toda a população”, acrescentou.