home

Seguro insiste que OE deve ser alterado por ser injusto

Seguro insiste que OE deve ser alterado por ser injusto

ajs_parlamento_1.jpg“Há uma ideia que ganha força em Portugal: este Orçamento de Estado pode e deve ser alterado, de tão injusto que é”, afirmou hoje o secretário-geral do PS, António José Seguro, no encerramento do debate na generalidade do OE para 2012, que foi aprovado com os votos favoráveis da maioria de direita e a abstenção dos socialistas. (Fotos do debate | Vídeo)

Seguro reiterou que para minorar “o exagero dos sacrifícios impostos aos portugueses” e o “profundo desequilíbrio na repartição dos sacrifícios”, o PS apresentará propostas na especialidade para esse efeito, já que, frisou, “não desiste de lutar pela correcção de uma injustiça” e “tudo fará para devolver um salário aos funcionários públicos e uma pensão aos reformados”.

A manter-se esta proposta do Governo, segundo salientou o líder do PS, “os trabalhadores da Função Pública e os reformados suportarão sozinhos mais de um terço dos sacrifícios exigidos”. Uma situação que, disse, “é inaceitável e provoca a indignação geral”, introduzindo ainda “uma fractura no contrato social dos portugueses, com consequências difíceis de prever”.

Para António José Seguro, “o desafio que a sociedade coloca é simples e claro: ter a abertura e a vontade política para encontrar soluções mais justas e equitativas”, referindo que da sua parte e a parte do PS “a vontade e a disponibilidade é total”.

E sublinhou: “para o primeiro-ministro o Orçamento é um fim em si mesmo. Eu olho para o Orçamento como um instrumento, como um meio para atingir um fim: a nossa meta é o emprego e o crescimento económico”.

Por sua vez, o vice-presidente da bancada socialista, Basílio Horta, que já no dia anterior tinha arrasado a política económica deste Governo, afirmou estar convicto de que se “fosse outra a conjuntura e a manter-se a actual rigidez do Governo, o PS votaria contra este Orçamento socialmente iníquo e economicamente recessivo”.Voltou a acusar o Governo de não ter adoptado na proposta de Orçamentoquaisquer medidas de apoio à competitividade e internacionalização da economia portuguesa e lembrou a Pedro Mota Soares que “é ministro da Segurança Social, não é ministro do fundo de pensões”.

Destaque ainda para a intervenção do deputado e dirigente socialista Miguel Laranjeiro que classificou o Orçamento de Estado da maioria de direita como “o mais anti-social, mais antifamília, mais antieconomia e antiemprego que tivemos nos últimos anos em Portugal”, pondo a nu as contradições de Pedro Mota Soares quando era deputado e agora como ministro e lamentando o que Paulo Portas esteja “desaparecido” deste debate.

Miguel Laranjeiro disse ainda que “impressiona a falta de estratégia económica na proposta de Orçamento”.

Sónia Fertuzinhos, na sua intervenção, pediu ao ministro da Segurança Social que “não rebente” com o consenso em torno da confiança na Segurança Social pública e na sua sustentabilidade.