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Seguro exige esclarecimentos sobre secretas

Seguro exige esclarecimentos sobre secretas

António José Seguro desafiou hoje o primeiro-ministro a esclarecer se há uma nebulosa envolvendo um suposto triângulo serviços secretos, o PSD e interesses privados, dizendo estar em causa o Estado de Direito.

O secretário-geral do PS declarou que o primeiro-ministro tem de esclarecer se há neste momento “uma nebulosa envolvendo os serviços secretos, o PSD e interesses privados”, adiantando que não quer tirar conclusões sobre estas suspeitas, mas que exige o apuramento dos factos.

“Como foi possível elaborarem-se relatórios sobre jornalistas, em particular o diretor do jornal “Expresso [Ricardo Costa]? Como foi possível que tenha sido elaborado um relatório sobre um membro do Conselho de Estado, fundador de um dos partidos estruturantes do regime democrático [Pinto Balsemão]. Como se chegou até aqui?” questionou Seguro.

Seguro disse que tratará a matéria das “secretas” com “sentido de Estado”, antes de referir que levantou esta questão junto do primeiro-ministro no início da legislatura quando o ex-presidente da TVI Bernardo Bairrão saiu da lista de potenciais secretários de Estado do atual executivo.

“O senhor primeiro-ministro disse-me que não há nenhum caso Bairrão e disse que não tinha havido nenhuma informação proveniente dos serviços de informação da República que tivesse proporcionado uma alteração do convite feito ao dr. Bernardo Bairão, mas o diretor do jornal Expresso, dias depois, voltou a escrever que tinha havido. Isto precisa de ser clarificado”, acentuou o líder socialista.

Ainda de acordo com Seguro, precisa de ser clarificado de que, por ocasião da demissão de Silva Carvalho de diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), o então secretário-geral do PSD [Miguel Relvas] tinha sido previamente informado.

“Temos que cooperar no sentido de rapidamente, com serenidade, esclarecer estas situações, afastar todas as nuvens, apurar as responsabilidades e restituir a credibilidade aos serviços de informações. Não está só em causa a falta de confiança que os portugueses vão sentindo, está também em causa a liberdade e os direitos das pessoas que foram alvo de inquéritos”, realçou o líder do PS.