Seguro e Schulz estão de acordo quanto aos pontos-chave para mudança e crescimento
O candidato à presidência da Comissão Europeia Martin Schulz está hoje de visita a Portugal. O secretário-geral do PS acompanhou durante a manhã o programa, na visita à Siemens Portugal e à Cáritas de Setúbal, bem como vários candidatos socialistas ao Parlamento Europeu, incluindo o cabeça de lista Francisco Assis.
Na declaração conjunta aos jornalistas, António José Seguro destacou o conhecimento que Martin Schulz tem acerca da Europa e de Portugal “e é por isso que apoiamos a candidatura, e porque conhece os problemas e as potencialidades do nosso país”, disse Seguro, acrescentando que o “candidato tem as prioridades bem definidas”: criação de emprego, sobretudo para os mais jovens. “Martim Schulz é um homem inconformado, um europeu que não se resigna, tem uma capacidade enorme de transformar, e a Europa precisa de ser transformada”.
António José Seguro defende que é preciso “corrigir os desequilíbrios da zona euro”, ter um Banco Central Europeu “com todas as competências de bancos centrais, incluindo a capacidade de emprestar dinheiro aos Estados”, e encontrar “soluções comuns para problemas comuns”. O líder socialista voltou a referir a mutualização da dívida, a necessidade de consolidação fiscal e de uma economia mais dinâmica.
Schulz e Seguro estão de acordo quanto aos pontos-chave para o crescimento e mudança na Europa e em Portugal. Por isso mesmo foi apresentado pelos partidos socialistas da Europa em Março “um manifesto, onde o instrumento da mutualização está concretizado”, declarou o líder socialista. Refere, no entanto, que “será intransigente na defesa do que for melhor para os portugueses” ainda que isso traga divergências no seio da família socialista europeia.
Martin Schulz agradeceu o “apoio permanente dos amigos portugueses” e referiu que a Europa tem que “combinar disciplina orçamental com apoio ao investimento”, sobretudo investir na economia real, por contraponto aos mercados especulativos. Defendeu ainda a necessidade de regulamentar a fuga fiscal da Europa, e que as empresas paguem impostos nos mercados onde operam, e lembrou que há um “outro lado da Europa”, com pobreza e onde a justiça social nem sempre é assegurada