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Seguro: "É inaceitável o aumento do desemprego"

Seguro: "É inaceitável o aumento do desemprego"

O secretário-geral do PS afirmou esta noite que só um primeiro-ministro “distante do país e da realidade” pode dizer que Portugal vai num bom caminho, considerando “inaceitável o aumento do desemprego”. 

“Segundo dados revelados hoje, o aumento do desemprego em termos homólogos é de 23%. Num ano houve 130 mil portugueses que perderam emprego, o que quer dizer 354 portugueses que perderam emprego por dia, o que é inaceitável, disse, durante uma iniciativa da distrital do PS/Setúbal, no Montijo.

António José Seguro referiu que o país “tem o maior nível de desemprego da história”, lembrando o caso dos jovens e das pessoas com mais de 45 anos.

“35% dos jovens estão desempregado, ou seja, um em cada três, e os portugueses com mais de 45 anos vivem situação dramática, pois são novos para se reformarem e segundo as regras de mercado são incapazes para trabalhar”, realçou.

O secretário-geral do PS referiu que o país está a viver uma “pré-ruptura social e lembrou as propostas que o Governo de Pedro Passos Coelho fez há cerca de um ano.

“Há um ano, o atual Governo fez uma proposta que se os portugueses fizessem pesados sacríficos, as contas públicas estariam melhor, e a pergunta que faço é se estamos melhor. Os portugueses cumpriram, mas o Governo falhou no aumento da dívida e no seu objetivo central, do défice, que não conseguiu alcançar”, acusou.

António José Seguro afirmou ainda que o primeiro-ministro não pode dizer que Portugal está num bom caminho.

“Sei que o primeiro-ministro diz que está tudo bem e que vai dizer para a Europa que é um bom aluno e que está no bom caminho. Só um primeiro-ministro distante do seu país e da realidade pode dizer que Portugal está num bom caminho”, destacou.

O líder do PS garantiu que existem alternativas e deixou também propostas, duas a nível europeu e cinco a nível nacional.

“Na Europa temos que reduzir os custos do financiamento e ter mais tempo para consolidar as contas públicas. Não temos que ter uma data, a trajetória de consolidação das contas públicas tem que ser feita de forma natural e sustentável, sem deixar nenhum português para trás. Portugal não é uma folha de excel e os portugueses não são um centro de custos”, afirmou.

A nível nacional, as propostas que apresentou foram de existir um financiamento à economia, ter uma linha de crédito de 3 mil milhões de euros para recapitalizar as empresas, utilizar os fundos do QREN para projetos de reabilitação urbana, diminuir os custos da energia e criar um banco de fomento.