home

Seguro desafia Passos a não ficar refém de Merkel e Sarkozy

Seguro desafia Passos a não ficar refém de Merkel e Sarkozy

ajs_merkozy_1

Em vez de ficar refém das decisões da chanceler alemã, Angela Merkel, e do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deveria tomar a iniciativa de salvar Portugal e falar com os líderes da União Europeia (UE).

Este o desafio lançado pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, no dia 3 de Dezembro, durante a sessão de abertura da Convenção Autárquica dos socialistas de Vila Nova de Gaia, ocasião que aproveitou para clarificar que se fosse actualmente o primeiro-ministro português não estava “descansado em São Bento à espera que dois Estados-membros – Alemanha e França – decidisse”.

“Este é um momento decisivo, ter ideias, propostas”, sugeriu Seguro, referindo que Portugal tem de ter um pensamento estratégico sobre a Europa” e reiterando que o país “tem de encontrar aliados e criar instrumentos para responder à crise sistémica da Europa”.

O secretário-geral do PS considera que a resposta à crise actual tem uma dupla dimensão: nacional e europeia, e criticou o Executivo por defender que a resposta é meramente nacional.

“Ao conformismo do Governo, ao baixar os braços do Governo eu contraponho a iniciativa política”, garantiu Seguro, lembrando que já tinha tomado a iniciativa de falar com mais de metade dos líderes socialistas da EU e que é altura de “reforçar convicções”.

O líder do PS defendeu também que a Europa tem de tomar decisões, mas estas não podem ser impostas pelo binómio franco-alemão.

Para António José Seguro, as “receitas” a serem concertadas não devem passar por um acréscimo de austeridade, como Pedro Passos Coelho já pré-anunciou em entrevista recente.